A União Africana, grupo que reúne os 55 países da África, se tornou membro permanente do G20.
O anúncio foi feito neste sábado (9) pelo primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, na abertura da cúpula de líderes em Nova Délhi.
Após o fim de seu discurso de introdução, o premiê convidou o presidente da UA, Azali Assoumani, também mandatário de Comores, para assumir seu lugar entre os Estados-membros.
Assoumani se sentou entre os líderes, enquanto um funcionário colocava na mesa a placa com o nome da União Africana e a bandeira da organização, que se junta a 19 países e à União Europeia no G20.
“Estou honrado em acolher a União Africana como membro permanente da família do G20. Isso reforçará a voz do Sul Global”, afirmou Modi nas redes sociais.
Já o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse que a UE foi uma “apoiadora convicta dessa iniciativa” e a defendeu “desde o início”, enquanto a premiê da Itália, Giorgia Meloni, declarou estar “firmemente convicta” de que a adesão da UA é “estratégica para reforçar a capacidade de enfrentar os desafios globais, começando dos ambientais e energéticos”.
“A África é um continente extremamente rico de recursos.
Apesar disso, é um continente pobre, até porque, ao longo da história, as intervenções de nações estrangeiras no continente nem sempre respeitaram as necessidades das realidades locais.
Queremos mudar essa abordagem”, garantiu Meloni.
Até a entrada da UA, a África do Sul era o único país do continente no G20, que surgiu na esteira da crise de 2008 para dar mais voz a nações emergentes no cenário internacional.
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