“Temos uma bibliotecária quilombola que está atenta às demandas do território”, diz gerente de Livro e Leitura do Rio

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Na manhã desta quarta-feira (12) foi reinaugurada a Biblioteca Manuel Ignácio da Silva Alvarenga, em Campo Grande, zona Oeste do Rio. De acordo com Aladia Araújo, gerente de Livro e Leitura na Secretaria Municipal de Cultura do Rio, a biblioteca tem o maior acervo de literatura afro-brasileira da rede pública, e durante o evento, falou sobre a sua importância.

A gente já faz um trabalho muito sintonizado com uma política antirracista nessa biblioteca porque temos uma bibliotecária quilombola que está atenta às demandas do território. A gente está falando da zona Oeste, um dos lugares do Rio de Janeiro com mais pessoas pretas na cidade. O acervo é quase que majoritariamente negro, mais de 8 mil livros. A gente tem essa preocupação de ter uma política de igualdade racial”.

A quilombola em questão é Pituka Nirobe, autora de “Pedras, Pedrinhas e Pedregulhos”, narrativa ficcional baseada na relação de cuidados e ensinamentos entre o avô e seu neto no Quilombo da Marambaia.

Aladia Araújo na reinauguração da Biblioteca Manuel Ignácio da Silva Alvarenga /Foto: Samuel Barcelos

Aladia também comemora o Rio ter sido escolhido como a Capital Mundial do Livro de 2025, pela Unesco. Um dos argumentos para obtenção da chancela é a de que o carioca lê acima da média em relação ao restante do país.

O Rio foi escolhido em virtude da excelência de seus programas de promoção do livro e da leitura. Além de ser berço de autores de prestígio nacional e internacional, a cidade é sede das principais Instituições da Literatura Brasileira, como a Academia Brasileira de Letras, a Biblioteca Nacional, o Real Gabinete Português de Leitura, a Bienal do Livro, o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), e a Festa Literária das Periferias (Flup)“, explica Aladia.

Além disso, a gerente de Literatura também explica o objetivo da Unesco com essa iniciativa. “É garantir e democratizar o acesso à leitura, com um foco especial em jovens e em comunidades mais vulneráveis e também contribuir para fortalecer a literatura negra“.

Para isso, Aladia diz que uma série de programas e atividades que promovam o livro e a leitura, serão implementados na cidade, como a modernização e requalificação da rede municipal de bibliotecas e salas de leitura.

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