Setor agrícola e automotivo devem ser os mais afetados.
Após Donald Trump ter divulgado cartas tarifárias para países, chefe do banco central da África do Sul, Lesetja Kganyago, demostra preocupação com o risco de 100.000 empregos acabarem no país após taxação. Segundo, Kganyago afirmou na última quarta-feira (16) em entrevista à estação de rádio local 702, os setores agrícolas e automotivos devem ser os mais afetados pela taxação de Trump.
“Se não encontrarmos medidas alternativas, o impacto sobre os empregos poderá ser de cerca de 100.000, e é isso que estamos enfrentando”, afirmou o chefe do banco central. A África do Sul já tem uma das maiores taxas, com 32,9% de desemprego somente no primeiro trimestre deste ano.
Somente no setor de produtos cítricos, as tarifas atingem 35.000 empregos, colocando em risco e ameaçando devastar cidades como Citrusdal, que dependem fortemente das exportações para o país americano. “O impacto na agricultura pode ser bastante devastador, porque a agricultura emprega muitos trabalhadores de baixa qualificação, e aqui o impacto é sobre frutas cítricas, uvas de mesa e vinhos”, disse Kganyago

Grupos de agricultores da África do Sul alertam sobre o impacto adverso das tarifas sobre os produtores de cítricos, macadâmia, uvas, vinho, sucos de frutas e couro de avestruz.
Em complemento, Lesetja Kganyago também afirma que as estatísticas mostram que as exportações de carros sul-africanos para o Estados Unidos caíram mais de 80% na esteira das tarifas de importação impostas aos carros no mês de abril, pelo governo de Donal Trump.
Na semana passada, Trump enviou cartas a diversos países definindo a porcentagem das novas alíquotas tarifárias que entrará em vigor em 1º de agosto. Na África do Sul, o presidente americano definiu que a tarifa permanecerá em 30%.
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