Sudão teve nova onda de 600 mil refugiados e já conta com 2,1 milhões de deslocados, com este número o país ultrapassa a Síria no ranking de países com maior número de refugiados de guerra. Considerando conflitos prolongados também no Mianmar e Ucrânia, já movimentaram 73,5 milhões dentro de seus territórios em um ano.
As guerras deixam consequências devastadoras e causam diásporas por onde passam. De acordo com novo relatório da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) o mundo conta com 123,2 milhões de pessoas deslocadas à força. Há uma proporção de um desalojado em cada 67 habitantes do planeta. Houve aumento de 6% comparando 2024 com 2023, um número exato de 7 milhões de pessoas a mais, uma tendência de 13 anos de subida de deslocados pelo mundo.
De acordo com relatório, um terço de toda a população do Sudão vive a maior crise de deslocamento interno já registrada na nação africana. A acnur estima que dos 42,7 milhões de refugiados que vivem fora de casa, cerca de 73% estão abrigados em países de baixa e média rendas, e 67% em nações vizinhas.
O relatório mostra o retorno de 8,2 milhões de deslocados internos aos seus lares no que representa o segundo maior número registrado em um único ano. Os desafios contínuos enfrentados pelos repatriados incluem exemplos de afegãos e haitianos deportados de países de acolhimento. Haiti que se recupera de uma crise interna desde o assassinato de seu presidente.
A Síria vinha com a maior crise de deslocamento, mas esse número foi freado, cerca de 500 mil refugiados e 1,2 milhão de deslocados internos retornaram à casa nos últimos dois anos. O número total de requerentes de asilo em 2024 chegou a 8,4 milhões, houve aumento de 22% em relação ao ano anterior. Segundo a Onu, são pessoas que buscam proteção em outro país devido à perseguição ou ao medo de sofrer algum dano em sua terra natal. Países como Haiti e Sudão tem passado crises severas.
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