STF voltará a julgar a ADPF das Favelas na quarta-feira (26)

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Na próxima quarta-feira (26), o Supremo Tribunal Federal (STF) voltará a julgar a ação das polícias em comunidades no Rio de Janeiro. A chamada “ADPF das Favelas” tem como objetivo reduzir a letalidade policial e garantir mais controle nas operações de segurança pública. O julgamento foi suspenso em fevereiro.

A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 635, ADP das Favelas, que prevê o uso de câmeras corporais em policiais e o aviso prévio de operações para autoridades da saúde e educação, está em julgamento 

Foto: Tânia Rêgo – Agência Brasil

A ação foi protocolada em 2019 pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), alegando que negros e perifericos são os mais afetados pelos confrontos entre policiais e bandidos. Os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam que houve uma queda de, pelo menos, mil assassinatos nas comunidades do Rio de Janeiro, no período de 2018 a 2023. 

Enquanto autoridades apontam a necessidade de ações que não comprometam os direitos humanos, forças policiais afirmam que as medidas dificultam o combate ao crime. 

A suspensão da última sessão foi determinada por Luís Roberto Barroso, presidente do STF, para que os ministros pudessem ter mais tempo para analisarem as propostas. O Ministro Edson Fachin afirmou que existe um “estado de coisas institucional”. 

Entre as medidas sugeridas pelo Ministro, algumas delas são: 

  • Cumprimento de mandado judicial apenas durante o dia, salvo exceções;
  • Presença obrigatória de ambulâncias em operações policiais; 
  • A polícia não poderá usar escolas e unidades de saúde como base;
  • Programa de saúde mental para os policiais. 

Com o julgamento marcado para esta semana, o resultado poderá definir novas diretrizes para a atuação das forças de segurança no Rio de Janeiro. 

Leia também: STF vai retomar o julgamento da ADPF das Favelas no dia 26 de março 

Maria Eduarda Marques

Maria Eduarda Marques

Graduanda de Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Veiga de Almeida, Maria Eduarda Marques é carioca e atua há um ano e meio na comunicação do Cristo Redentor, lidando com mídias sociais e eventos como assessora de imprensa.

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