Sensação de insegurança em escolas brasileiras é maior que média de países membros da OCDE, aponta estudo

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Segundo os dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2022, a sensação de insegurança dentro das escolas atinge 10% dos estudantes brasileiros. O número, segundo o estudo, é maior que a média do restante dos estudantes de países considerados ricos, membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

No Brasil, devido uma onda de ataques nas escolas, mais da metade dos 36 casos de violência extrema registrados em escolas desde 2001, ocorreram desde o ano passado. Os dados mostram que todos tiveram como autores meninos e homens que sofreram no ambiente escolar. Mas a maior insegurança é sentida durante o caminho para a escola, afetando 19% dos adolescentes.

A taxa é o dobro dos países ricos que são membros da OCDE, que é de 8%. Os dados mostram que 9% dos brasileiros (22% de meninas e 26% dos meninos), são vítimas de bullying algumas vezes no mês, taxa superior à média global, que é de 7%, em 2022.

Os estudantes brasileiros sentem insegurança tanto dentro quanto no caminho para a escola/ Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O Ministério da Educação propôs no inicio de novembro 13 medidas para o governo federal prevenir e combater ataques a escolas.

“Nossa intenção é que essa integração, que já foi implementada por meio de acordos e encontros técnicos, nos permitam aprimorar a produção das medidas de desempenho”, disse. “O objetivo é seguir possibilitando que o MEC tenha subsídios para a elaboração de políticas públicas. Mas com dados e métodos de avaliação da educação básica cada vez mais condizentes com a realidade atual”, disse o presidente do Inep Manuel Palacios.

Segundo o documento, o extremismo crescente no país é o elemento central dos ataques às escolas. A cooptação de adolescentes é comum, e a misoginia e o racismo desempenham um papel significativo nesse processo.

Em todos os casos de violência em escolas, os autores eram homens motivados por discursos de ódio ou comunidades online de violência extrema. Segundo a pasta, “o bullying é parte do problema, mas, sozinho, não explica” a realização dos ataques.

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