Pela primeira vez em 2025, homens e mulheres pagaram praticamente o mesmo valor pelo seguro dos veículos mais vendidos do país. A média masculina em outubro foi de R$ 2.278,64, enquanto a feminina ficou em R$ 2.277,93, segundo levantamento da Minuto Seguros. O estudo analisou cotações de 15 seguradoras nas 11 capitais com maior representatividade no mercado automotivo.
A convergência dos preços aconteceu apesar de movimentos distintos: o valor médio para homens subiu 6,38% em relação a setembro, enquanto para mulheres houve queda de 2,40%. O Rio de Janeiro permanece como a capital com as apólices mais caras para ambos os perfis, R$ 3.410,55 para homens e R$ 3.714,25 para mulheres. Em contraste, Florianópolis segue entre as cidades mais acessíveis, com médias de R$ 1.950,06 e R$ 2.069,59, respectivamente.
Entre os modelos, o Compass S13 registrou os maiores preços médios no mês, ultrapassando R$ 3 mil para os dois gêneros. Já o Mobi Like apresentou as apólices mais baratas. Para homens, a média foi de R$ 1.835,58; para mulheres, R$ 2.004,13. O Rio teve novamente os valores mais altos.
Apesar da leve aproximação nos preços, o seguro ainda é inacessível para grande parte da população. Dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) mostram que mais de 70% da frota brasileira não possui qualquer tipo de cobertura. São apenas 20,1 milhões de veículos segurados entre 62,3 milhões de automóveis e 9,7 milhões de caminhonetes registrados até maio pelo Ministério dos Transportes.
Especialistas apontam que o custo, influenciado por fatores como localização, idade, modelo do veículo e perfil do motorista, é um dos principais motivos para a baixa adesão. Com a alta no preço das apólices em várias capitais e a crise econômica que pressiona o orçamento das famílias, o seguro segue sendo um serviço distante da maioria dos proprietários.
