O ex-policial militar Ronnie Lessa fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF) no inquérito que apura o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
A informação é do jornalista do Jornal O Globo, Lauro Jardim e este pode ser mais um passo para a resolução do caso que se arrasta desde a época do crime e tem mexido com o cenário político brasileiro. O também ex-PM, Élcio Queiroz, já havia feito acordo de delação premiada, em julho de 2023.
De acordo com o Lauro Jardim, os envolvidos nas investigações disseram que Ronnie Lessa já teria revelado algumas informações sobre o caso. Apesar de o acordo ter sido firmado com a Polícia Federal, a delação premiada precisa ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
“É um desafio que a PF assumiu no ano passado. Estamos há menos de um ano à frente dessa investigação de um crime que aconteceu há cinco anos, mas com a convicção de que ainda neste primeiro trimestre a Polícia Federal dará uma resposta final do Caso Marielle”, afirmou o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.
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Caso saiu do TJ do Rio e foi para o STJ
Em outubro, o inquérito que apura o duplo homicídio foi enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Antes, a investigação tramitava na Justiça do Rio de Janeiro. A mudança foi motivada por novas suspeitas sobre Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Ele foi citado na delação premiada de Élcio Queiroz.