A Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia contra o policial militar reformado Carlos Alberto de Jesus por tentativa de homicídio qualificado, e se tornou réu. Ele é acusado de atirar contra o estudante universitário Igor Melo de Carvalho e o motociclista de aplicativo Thiago Marques Gonçalves, na zona norte do Rio, em fevereiro deste ano.
A esposa do policial, Josilene da Silva Souza, tambem foi denunciada, mas por falso testemunho, já que teria apontado os dois rapazes como suspeitos de terem roubado seu celular, o que levou seu marido a atirar contra eles, que estavam em uma moto. Thiago não foi atingido mas Igor sim, e chegou a ficar internado por algumas semanas em estado crítico, mas se recuperou e já teve alta.

No dia, Igor Melo estava saindo de uma casa de samba em que trabalhava como garçom, e pediu uma moto por aplicativo para casa, e Thiago Marques que atendeu a corrida. No meio do trajeto, ele e Thiago afirmam que passaram a ser perseguidos pelo policial que estava em um carro com sua esposa.
“A mulher afirmava que os dois eram assaltantes e que tinham subtraído seu telefone celular. A partir do relato dela, seu marido foi atrás dos dois, e atirou. Imagens analisadas mostram que eles precisaram correr para escapar da situação“, aponta a Polícia Civil em nota enviada ao Notícia Preta, que também afirmou que verificou inconsistências nos relatos do casal.

Na delegacia, o PM reformado e a sua mulher teriam acusado a dupla de assalto. Mesmo o motociclista negando o roubo e afirmando que estava trabalhando e o estudante seria o seu passageiro, foi preso por alguns dias, assim como Igor, que ficou sob custódia policial no hospital enquanto se recuperava. Ambos foram soltos na audiência de custódia e a denúncia contra eles foi arquivada pelo MPRJ.
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