Por meio das suas redes sociais o camisa 9 da seleção brasileira, Richarlison, lamentou neste sábado (26), a morte das vítimas do atentado em Aracruz (ES). Quem acompanha o jogador sabe que não é de hoje que o atacante manifesta sua solidariedade aos brasileiros dentro e fora do campo.
“Minha solidariedade e tristeza pelo que aconteceu ontem no meu estado, em Aracruz. Professoras e uma criança morta. Coisa impossível de acreditar que ainda aconteça. Muita força e carinho pras famílias e amigos“, publicou o atacante em seu perfil no Twitter.
O ataque aconteceu na última sexta-feira (25), em duas escolas, e deixou três mortos e outros 13 feridos.
Richarlison é um dos poucos jogadores do time do técnico Titi que se posiciona politicamente e, por isso, é considerado um dos atletas mais politizados da seleção.
LEIA TAMBÉM: Copa do Mundo: Neymar e Danilo sofrem lesão e estão fora da primeira fase no Catar
Uma das principais caraterísticas do camisa 9 da seleção é não esquecer das suas origens. O capixaba, que cresceu em comunidade de baixa renda, sabe como utilizar sua fama e suas redes para chamar atenção para as questões sociais.
“Isso é parte do que eu sou, de onde eu vim, da minha origem. Não me considero um cara politizado no sentido que alguns tentam colocar, só me conscientizei do que eu posso fazer, até onde a minha voz pode chegar e quem eu quero ajudar”, declarou o atacante em uma entrevista ao Ecoa, do Uol, em 2020.
Entre as causas defendidas pelo jogador, e os casos de racismo e violação de direitos humanos que Richarlison já se posicionou publicamente, está o assassinato do jovem João Pedro, em 2020, morto dentro de casa alvejado com mais de 70 tiros por policiais que faziam uma ação no Complexo do Salgueiro (RJ).
Na ocasião, Richarlison destacou relacionou o racismo com a execusão do menino: “O racismo é um assunto que nós, que viemos da favela, estamos acostumados. Sempre fui tratado de forma diferente. Acompanhei o caso da morte do João Pedro, no qual a polícia deu mais de setenta tiros em sua casa. Poderia ser comigo. Lá atrás, convivi com tiroteios e fui até confundido com traficante”, declarou em entrevista à revista Placar.
O atleta também é embaixador de um programa da Universidade de São Paulo (USP) que reunia esforços de pesquisadores para pesquisas e ações da instituição para combater o novo coronavírus.