O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é o sexto a ser ouvido no interrogatório dos réus do ‘núcleo crucial’ na ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado em 2022. Durante a sessão de depoimentos na tarde desta sexta-feira (10), no Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro se desculpou por suposta denuncia que teria feito sobre ministros receberem dinheiro nas eleições.
O ministro Alexandre de Moraes questionou: “Quais eram os indícios que o senhor tinha que nós estávamos levando 50 milhões, 30 milhões de dólares?”, perguntou.
E Bolsonaro respondeu: “Não tem indícios, não… Era uma coisa não para não ser gravada, é um desabafo, uma retórica. Quer dizer, se fosse outros três ocupando, teria falado a mesma coisa, então me desculpe, não tinha essa essa intenção de acusar de qualquer desvio de conduta”, afirmou o ex-presidente.

Entre os investigados considerados parte do núcleo central do suposto esquema estão Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. A Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta cinco crimes atribuídos ao grupo: tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, organização criminosa, dano qualificado e destruição de patrimônio tombado.
Apontado pela PGR como peça-chave da organização criminosa que supostamente atuou pela ruptura democrática, Jair Bolsonaro depõe ao STF. O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, o ex-ministro da Defesa, Anderson Torres, e o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, foram ouvidos durante os interrogatórios.
Ontem foi a vez do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e autor da delação, Mauro Cid, e o deputado federal e ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem (PL).
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