(Reuters) – Um cidadão haitiano-chileno se declarou culpado em um tribunal dos Estados Unidos na última sexta-feira (23) de três acusações envolvendo sua participação no assassinato do presidente do Haiti Jovenel Moise, morto a tiros em casa em 2021.
De acordo com documentos judiciais, Rodolphe Jaar é um dos 11 réus do caso, que inclui empresários acusados de ajudar a obter veículos e armas de fogo na Flórida, e ex-soldados colombianos acusados de matar Moise em seu quarto.
Segundo declaração de confissão de Jaar assinada nesta sexta-feira, ele forneceu verbas e funcionários para sequestrar Moise, mas o plano inicial transformou-se mais tarde em uma trama de assassinato. Parte do dinheiro foi usado para comprar armas e pagar subornos para pessoas ligadas ao esquema de segurança do presidente, disse o documento.
Jaar se reuniu com os co-conspiradores na noite anterior ao assassinato, segundo a declaração, momento em que o haitiano-americano James Solages afirmou que o objetivo era matar Moise.
O documento do tribunal acrescentou que Jaar também se encontrou com outros réus, incluindo o ex-senador haitiano Joseph Joel John, o haitiano-americano Joseph Vincent, o ex-oficial militar colombiano German Rivera e Antonio Intriago, venezuelano proprietário de uma empresa de segurança privada com sede em Miami.
Jaar também foi acusado de ajudar um grupo de colombianos envolvidos no caso a se esconder das autoridades haitianas, segundo comunicado do Departamento de Justiça dos EUA após sua prisão no ano passado.
Jaar foi detido na vizinha República Dominicana no início de 2022.