Quase 400 trabalhadores humanitários morreram em 2024, aponta ONU

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A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou, na última terça-feira (19), que 383 trabalhadores humanitários morreram em todo ano de 2024, quase metade deles em Gaza e nos territórios palestinos ocupados. Ainda de acordo com os numeros da ONU, houve um aumento de 1/3 em relação a 2023, o ano mais letal desde que os registros começaram em 1997.

“Ataques dessa escala, sem responsabilização alguma, são uma acusação vergonhosa de inação e apatia internacional”, disse Tom Fletcher, subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, em um comunicado divulgado pela entidade. Ainda em 2024, 308 trabalhadores humanitários ficaram feridos. Até 125 foram sequestrados e 45 detidos.

Foto: ONU/Divulgação

Em 2025, até o final de julho, já foram contabilizadas 265 mortes dos funcionários, de acordo com dados provisórios do Aid Worker Security Database, uma plataforma financiada pelos EUA que compila relatórios sobre os principais incidentes de segurança que afetam os trabalhadores humanitários.

Desses, 173 estavam em Gaza durante a ofensiva de quase dois anos de Israel contra os militantes do Hamas, lançada após os ataques transfronteiriços mortais de 7 de outubro de 2023 por militantes liderados pelo Hamas, segundo dados provisórios. Este ano, 36 trabalhadores humanitários foram mortos até agora no Sudão e três na Ucrânia, segundo o banco de dados.

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Os trabalhadores humanitários gozam de proteção sob a lei humanitária internacional, mas os especialistas citam poucos precedentes de casos desse tipo que vão a julgamento, com preocupações sobre a garantia de acesso futuro para grupos de ajuda e a dificuldade de provar a intenção citadas como impedimentos.

Igor Rocha

Igor Rocha

Igor Rocha é jornalista, nascido e criado no Cantinho do Céu, com ampla experiência em assessoria de comunicação, produtor de conteúdo e social media.

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