Professora é denunciada por tortura após amarrar menino autista em escola do Paraná

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Uma professora de uma escola particular em Araucária (PR) foi denunciada pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) pelo crime de tortura, após um menino autista, de 4 anos, ter sido encontrado amarrado em uma cadeira dentro do banheiro da instituição. A criança é diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e não verbal.

Segundo a denúncia, apresentada pela 3ª Promotoria de Justiça de Araucária, a professora e uma assistente teriam amarrado o menino pelos punhos e pela cintura, como forma de punição por seu comportamento. Os episódios ocorreram em dois momentos distintos. De acordo com o MPPR, a prática causou “intenso sofrimento físico e mental” à criança.

Além da professora, outras duas funcionárias estariam envolvidas no caso. / Foto: Reprodução/@leandrodaacademia/Instagram

Além das duas profissionais, a diretora-proprietária da escola e uma pedagoga também foram denunciadas, mas por omissão imprópria. Elas teriam conhecimento dos atos de violência, mas não impediram nem comunicaram os responsáveis legais, o que, segundo o Ministério Público, contribuiu para a continuidade das agressões.

A situação foi descoberta após uma denúncia recebida pelo Conselho Tutelar, que acionou a Guarda Municipal. Ao chegar à escola, os agentes encontraram o menino sozinho e amarrado no banheiro. A mãe relatou que o filho vinha apresentando mudanças no comportamento, como irritabilidade e choro constante, e procurou a escola em busca de explicações.

A instituição, por sua vez, atribuiu os sinais de angústia à agitação do menino e chegou a sugerir um aumento na medicação, segundo mensagens enviadas à família. O caso agora está sob análise do Tribunal de Justiça do Paraná, que decidirá se aceita a denúncia e abre processo criminal contra as quatro profissionais envolvidas.

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