Mulher presa por homofobia no fim de semana em SP volta a ser filmada ofendendo pessoa após ser solta

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Homofobia é considerada crime no Brasil, equiparada ao crime de racismo pelo STF desde 2019 - Foto: Reprodução redes sociais

Adriana R. O. , que foi presa em flagrante após ser homofóbica e chamar um homem de “bicha nojenta” no Shopping Iguatemi, em São Paulo, no último sábado (14) voltou a cometer o mesmo crime dois dias após ser solta. A mulher voltou a ser filmada proferindo xingamentos homofóbicos, nesta segunda-feira (16), contra homens em um condomínio em São Paulo.

A homofobia é considerada crime no Brasil, equiparada ao crime de racismo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2019. Atos de discriminação e preconceito contra pessoas LGBTQIA+ podem ser punidos com as mesmas penas previstas para o crime de racismo, incluindo reclusão de 1 a 3 anos e multa. 

O vídeo com as ofensas de Adriana viralizou na internet e segundo apuração do G1 houve três vítimas. O analista de comunicação Gustavo Leão, uma das vítimas das ofensas do ocorrido de segunda se mostrou revoltado com a situação.

É revoltante saber que essa mulher foi solta depois de cometer um crime e voltou a agir com ódio e intolerância, agora diretamente comigo e meus amigos. Isso é a prova de que a impunidade alimenta o preconceito“, disse Gustavo em entrevista ao portal G1.

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Homofobia é considerada crime no Brasil, equiparada ao crime de racismo pelo STF desde 2019 – Foto: Reprodução redes sociais

A prisão em flagrante

A mulher foi presa em flagrante por ter feito xingamentos homofóbicos no Shopping. Outros clientes presentes no local filmaram o ocorrido, quando Adriana teria chamado de “bicha nojenta” o homem ao lado, Gabriel Galluzi Saraiva, de 39 anos. O vídeo viralizou e chocou internautas.

Apos audiência de custódia a justiça concedeu liberdade provisória a Adriana, que terá de cumprir medidas cautelares, como por exemplo, não ir ao shopping.

Versão de Adriana

Segundo Gabriel ele havia pedido que ela tivesse calma na hora de falar com a atendente, pois ela estaria falando alto, mas Adriana relatou que teria sido vítima de etarismo e que Gabriel e as pessoas que estavam com ele riram dela. Ela estaria ao telefone quando eles mandaram ela falar baixo e calar a boca.

“”Eu estava ao telefone, eu vou ser operada no dia 27 do joelho, vou colocar uma prótese […]. Estou muito ansiosa, muito nervosa, comecei a chorar ao telefone. E esse grupo que estava ao lado começou a rir. Quando eles começaram a rir, eu desliguei o telefone, levantei o braço e pedi a conta. Falei ‘por favor, traz a conta, eu quero ir embora’“, relatou.

Eles estavam rindo de mim, falaram que eu tinha que ser anestesiada […] Aí, ele se manifestou, disse ‘fala baixo’, ‘cala a boca’. […]. Houve aquela confusão na hora, eu chamei ele de ‘boiola’. Xinguei mesmo. Ele já tinha me xingado de ‘velha‘”, disse Adriana.

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Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

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