Uma pesquisa encomendada pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo federal, constatou que os brasileiros apontam o custo elevado como maior impeditivo na obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). De acordo com o relatório, essa problemática foi citada por 32% dos entrevistados que não possuem o documento.
Ainda segundo o relatório, 80% das pessoas consultadas classificam o valor da CNH como “caro” ou “muito caro”, e 66% deste público respondeu que o valor é desproporcional dado a qualidade dos serviços oferecidos nas autoescolas. O fator preço também é justificativa entre os que revelaram dirigir mesmo sem a carteira de habilitação, parcela do público que corresponde a 12%, segundo o estudo.

A pesquisa ainda apurou que 54% da população brasileira não possui a CNH e outros fatores frente a baixa adesão foram citados. Medo e desinteresse alcançaram 36% das respostas enquanto a falta de disponibilidade de tempo acumulou 7% das justificativas gerais. O estudo ouviu 5.500 pessoas com 18 anos de idade ou mais entre os dias 21 e 31 de março e possui margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Processo de obtenção da CNH e proposta do governo
Atualmente, o processo para tirar a carteira de habilitação envolve um processo relativamente extenso e envolve seis etapas: Inscrição inicial na auto escola,exame médico e psicotécnico junto ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran), curso técnico, prova teórica, aulas práticas e por fim o exame de direção veicular.
De acordo com o governo, a proposta visa desburocratizar esse processo, o que promete reduzir os custos em até 80% para o cidadão na primeira habilitação. O valor médio de todo o processo é de R$3.200, fator que compõe a principal narrativa do ministro dos transportes, Renan Filho na mobilização acerca da pauta.
“O que motivou (a proposta), foi o custo da Carteira nacional de Habilitação no Brasil, que gira em torno de 3 (mil) a R$ 4.000 reais dependendo do estado isso é um custo impeditivo, muita gente não consegue tirar a carteira porque não tem recurso”, diz o ministro em entrevista ao UOL News.
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