População brasileira é uma das que tem mais contato com a violência, mostra pesquisa

mulher-negra-de-peito-nu-fazendo-gesto-de-parada.jpg

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos em 29 países revela que o Brasil não ocupa uma boa posição se tratando de sensação de violência, em uma das cinco primeiras posições entre os países que mais têm contato com a violência.

Diante das categorias analisadas e as mais de 23 mil pessoas ouvidas, o Brasil ficou em uma posição pior que a do México, Malásia e Índia. O levantamento mostrou que mais da metade dos brasileiros já foram assaltados ou souberam de um assalto que aconteceu perto de casa. Quando o assunto é violência contra a mulher, o Brasil também ocupa uma posição preocupante, estando na 4ª pior posição do ranking global.

Foto: Freepik

Cerca de 63% das pessoas disseram que já presenciaram ou souberam de crimes contra mulheres no bairro onde moram. Ainda sobre violência, 60% das pessoas entrevistadas pelo Instituto Ipsos no país já viram ou escutaram relatos sobre tráfico de drogas perto de casa, o que está bem acima da média geral do estudo que foi feito em outros países também.

Mas quando os pesquisadores perguntaram aos entrevistados sobre qual política pública eles consideram mais urgente, 59% das respostas priorizou a criação de emprego do que o combate à violência.

Mas dados do Anuário de Segurança Pública divulgados no último ano mostram que 20,4% dos homicídios no planeta ocorreram no Brasil, a partir do registro de 47.503 assassinados no país em 2021. De acordo com o anuário, em números absolutos, o Brasil lidera o ranking mundial de homicídios e é o oitavo país mais violento do mundo.

Leia também: MapBiomas indica aumento de 22% do desmatamento de biomas brasileiros em 2022

No país, quem mais morre são pessoas negras, contabilizando 77,9% das vítimas. Além disso 50% têm entre 12 e 29 anos, e 91,3% são homens, mostrou o Anuário de Segurança Pública do ano passado, referente a 2021.

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

Deixe uma resposta

scroll to top