Policiais devem ficar afastados até o final do inquérito e o caso ir para a Justiça
Os policiais envolvidos em um vídeo que mostra agentes de segurança de São Paulo agredindo e ameaçando um homem rendido durante uma abordagem em São Paulo, foram afastados. O caso ocorreu na última sexta-feira (21) na Favela do Mata Porco, Vila Ema, e de acordo com a nota da Secretaria de Segurança Pública (SSP) enviada ao Notícia Preta, seis policiais envolvidos na ocorrência foram afastados.
No vídeo, que circula nas redes, um dos policiais xinga o rapaz, dá um tapa em seu rosto e o ameaça apontando a arma em seu rosto. Uma moradora registrou o momento com celular e após vídeo viralizar, a Corregedoria da PM começou a investigar o caso. De acordo com a SSP, “a abordagem não condiz com os protocolos da Polícia Militar“.

No vídeo é possível ver o momento em que o PM dá o tapa no rosto do homem e ressalta “Você já me conhece e sabe como o bagulho funciona, beleza? Você quer tomar na cara pra lembrar que você é moleque?”, e na sequência, engatilha a pistola e diz que vai matá-lo: “Tem que ser na cara para estragar o velório“.
Ainda em nota, a SSP afirma que foi instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM) “para apurar todas as circunstâncias relativas aos fatos“, e reforçou que desaprova o acontecido. “As forças de segurança do Estado são instituições legalistas que não compactuam com desvios de conduta de seus agentes, punindo exemplarmente aqueles que infringem a lei e desobedecem seus protocolos”, diz a nota.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas durante a campanha eleitoral se opôs às câmeras corporais na policia militar. Ele chegou a dizer que retiraria “com certeza” o equipamento do uniforme dos policiais. Após diversas denúncias de agressão em abordagens, o governador voltou atrás. “Eu tinha visão equivocada. Hoje, estou completamente convencido que é um instrumento de proteção da sociedade e do policial“, afirmou o governador.
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