Polícia investiga tortura de homem negro por bolsonaristas em SC

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A Polícia Civil de Santa Catarina está investigando um crime de tortura feito por um grupo de bolsonarista contra um homem negro. Em um vídeo divulgado nas mídias sociais no último domingo (20), homens brancos agridem fisicamente e psicologicamente uma pessoa negra. 

O caso aconteceu em Itapema, no Litoral Norte de Santa Catarina. O homem ficou refém do grupo durante cinco horas, sendo coagido a falar frases e vestir símbolos que enaltecem o bolsonarismo. A vítima é uma pessoa de 41 anos que trabalha como freteiro, por isso o grupo conseguiu atrair ele para uma cilada. Após isso, ele foi levado para um local e sofreu diversas agressões, inclusive elas foram expostas por meio de um vídeo.

Confira o vídeo que o homem sofre agressões.

Em declaração, o advogado disse que o homem teria sido sequestrado pelos apoiadores de Bolsonaro. “Chegou ao endereço e já foi cercado pelo grupo. Eles tomaram os pertences dele, a chave da kombi, carteira e o agrediram, humilharam. Depois colocaram ele dentro de uma Hilux, estava sem liberdade total, e o levaram até a BR-101, onde ocorriam as manifestações”, afirmou a defesa da vítima para o G1. 

Bolsonarismo, tortura e exposição 

No vídeo o grupo age de forma agressiva contra o homem negro. Eles falam palavras de ódio, inclusive mencionam a família da vítima. “Olha para mim e cala a boca agora. Você pensou na sua família e nos seus filhos? Você é PT? Você quer que vire uma Venezuela? Quer que seu filho passe fome”, disse o bolsonarista enquanto segurava a cabeça da vítima e apontava o dedo. 

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Momento em que bolsonaristas agridem homem. Foto – Mídias sociais

De acordo com o delegado responsável pela investigação, Marcos Okuma, eles estão trabalhando com a hipótese de tortura. Além disso, estão levantando dados sobre os bolsonaristas envolvidos no crime. Uma vez que no vídeo é possível identificar os rostos dos elementos que cometeram o crime. 

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Após 5 horas sem contato com outras pessoas, o homem foi levado para um acampamento bolsonarista. Na qual um dia antes o frentista gravou um vídeo que questionava a presença das pessoas no ato antidemocrático que acontecia no local. De modo que o homem foi coagido a dizer frases de desculpas para o grupo.

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