Polícia apura sumiço de corpo de bebê após aborto em hospital do Rio de Janeiro

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Família iniciou trâmites para enterro do bebê, mas não conseguiu realizar a despedida.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga o desaparecimento do corpo de um bebê que morreu ainda na barriga da mãe, no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, Zona Oeste da cidade. A criança era filha de Jheneffer Morais, de 21 anos, que foi internada no dia 24 de agosto com complicações na gestação, no sexto mês. No mesmo dia, ela sofreu um aborto. O laudo médico indicou falta de oxigênio no útero.

Após a alta hospitalar, a família iniciou os trâmites para o enterro do bebê. De acordo com Gabriel do Nascimento, pai da criança, o hospital ofereceu duas alternativas: a doação do corpo para pesquisa ou o sepultamento social, serviço gratuito oferecido a famílias de baixa renda. A família escolheu o sepultamento, que estava marcado para ocorrer em 5 de setembro.

O bebê Gael desapareceu após aborto proveniente de complicações da gravidez, no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo. / Foto: Reprodução redes sociais

Segundo Gabriel, na data informada, o hospital afirmou que a funerária havia retirado o corpo para levá-lo ao Cemitério do Caju/São Francisco Xavier. No entanto, ao entrar em contato com o cemitério, os familiares foram informados de que não havia nenhum enterro agendado nem sepultura reservada. “As versões do hospital e do cemitério não batem. Queremos saber onde está nosso filho”, declarou o pai em entrevista.

O caso está sendo apurado pela 33ª DP (Realengo). E em nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que o corpo foi removido e sepultado no mesmo dia, conforme previsto por lei, e que há nota fiscal do serviço prestado pela funerária. A polícia segue investigando o paradeiro do corpo e eventuais falhas nos procedimentos. A concessionária Reviver, responsável pelo cemitério, foi procurada pelo Notícia Preta, e enviou uma nota a respeito do caso:

“Não é verdade que não houve o sepultamento do bebê natimorto. O sepultamento foi feito na última sexta-feira. A administração do cemitério tem a localização exata e toda a documentação comprovando também. 

Ocorre que o hospital enviou o corpo como indigente por uma funerária que atendeu à  família. Coube à Reviver realizar o sepultamento. 

A Concessionária Reviver lamenta e se solidariza com a dor da família. O pai, Gabriel do Nascimento, foi recebido com todo apoio emocional pelos nossos funcionários e levado ao jazigo onde aconteceu o sepultamento. 

Recebemos com estranhamento a presença do ex-vereador Gabriel Monteiro, que produziu vídeos sensacionalistas. Lembrando que o ex-parlamentar foi preso justamente por produzir vídeos irreais. Um momento desses não pode ser politizado.”

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