A atriz Samara Felippo usou as redes sociais na última quarta-feira (12), para expor sua indignação após sua filha ser proibida de se manifestar durante a audiência do processo que apura caso de racismo contra ela. A decisão é da 2ª Vara Especial da Infância e Juventude. O caso de racismo aconteceu em abril deste ano, na escola em que a menina de 14 anos estuda, em São Paulo, e
“Ela poderá participar da audiência, mas calada, sem o direito de apresentar sua versão dos fatos. Uma vez que as agressoras já foram ouvidas e contaram suas versões. Por que um ato infracional análogo ao crime de racismo, confessado pelas agressoras, está sendo tratado como violação de direito autoral?“, questiona ela na publicação.
O caso foi registrado como racismo na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância de São Paulo, e tipificado pela Justiça como “violação de direitos autorais”, devido à violação do caderno da vítima, que foi rasgado e rasurado com uma frase de cunho racista por duas então colegas de turma.
“Existe uma frase violenta de cunho racista no interior do caderno. Por que isso não está sendo levado em conta? O que mais ouvi nesse processo de denunciar o racismo vivido pela minha filha na escola foi: ‘Estão te dando ouvidos porque você é famosa! É branca. A Justiça para você funciona!’. Então eu estou aqui porque realmente estou assustada com o andar das coisas“, desabafa a atriz.
Samara conta que até o momento, a Justiça não solicitou seu depoimento, nem de sua filha e advogado. “Não estou lutando somente pela minha filha, venho há anos, através das minhas redes, denunciando casos de racismo. Não sei o que pensar sobre essa decisão. Meus advogados estão tomando as providências, mas estou estarrecida. A relativização do racismo persiste“.
A nota informa que as meninas acusadas de serem responsáveis pela agressão, já foram ouvidas. Por envolver menores de idade, o processo está sob segredo de Justiça.
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