Uma pesquisa divulgada na última terça-feira (11) pela Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), em parceria com o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), revelou que mais da metade dos motoristas e entregadores de aplicativos no Brasil são negros.
São mais de 1,2 milhão de entregadores trabalhando no país, dos quais 68% se declaram pretos ou pardos. No caso dos motoristas de aplicativo, são mais de 385 mil trabalhando nessa realidade, e 62% deles se declaram negros. A pesquisa mostrou que o perfil de ambas as categorias é composto por homens negros de 20 a 50 anos, com o ensino médio completo, com a renda familiar de três salários mínimos e parte da classe social C.
Tanto no caso dos entregadores como no caso dos motoristas, foi identificado que 1% desses trabalhadores se identificam como indígenas. Outras informações expostas na pesquisa em relação ao perfil de ambas as classes, expôs que 48% dos entregadores e 37% dos motoristas tinham outros trabalhos no momento em que as entrevistas foram feitas.
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Porém 63% das pessoas ouvidas que trabalham dirigindo, e 52% que trabalham fazendo entregas, afirmaram que o trabalho por aplicativo representava sua única renda. Já sobre o momento que decidiram começar a trabalhar com as plataformas, no caso dos motoristas, a maioria (36%) estava procurando trabalho, já a maioria (45%) dos entregadores tinham uma ocupação prévia e
a mantiveram depois de iniciar as atividades com os aplicativos.
O levantamento feito entre agosto e novembro de 2022, que entrevistou 3025 pessoas em todas as regiões do território nacional, é o primeiro a utilizar dados das plataformas 99, iFood, Uber e Zé Delivery.
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