Nesta quinta-feira (21), a plataforma de streaming Paramount+ estreia a série documental “Adriano, Imperador”. O público vai conhecer a intimidade e relembrar a trajetória do grande ídolo do futebol brasileiro, por meio de um relato em primeira pessoa do próprio ex-jogador. É a história de um menino que cresceu em uma das maiores favelas do Brasil, a Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, se tornou um ídolo do futebol mundial, mas deixou para trás glamour e um contrato milionário na Europa para voltar às suas origens e se reencontrar.
Durante a coletiva de imprensa para o lançamento da série, nesta terça-feira (20), Adriano contou que decidiu voltar para o local onde cresceu, em 2004, logo após a morte de seu pai. O retorno do às origens foi importante para que o ex-jogador cuidasse de sua saúde mental.
Primeiro tinha que pensar na minha felicidade, por isso que voltei à favela, porque eu queria botar meus pés no chão. Pensar de onde eu saí, falei: ‘Porra, saí daqui da favela e sou Imperador na Itália’. Precisava dar uma recuada”disse Adriano
Almir Ribeiro, pai do ex-jogador, morreu em decorrência de um ataque cardíaco dias depois da vitória da Seleção Brasileira na Copa América, campeonato no qual Imperador teve um papel de destaque. A morte repentina de Almir abalou muito o ex-jogador.
“Eu era mal compreendido naquela época”, desabafou Adriano, sobre as pessoas que o questionaram por ter pausado a sua carreira justamente quando ele vivia o auge na Inter de Milão. “As pessoas meio que não aceitavam que eu tomasse aquela decisão de me afastar do futebol. Mas, para mim, não importava. Importava realmente o que eu estava sentindo. Mas eu fico triste porque eu não era tratado como um ser humano. Só viam o lado do futebol”, afirmou.
Dividido em três episódios com relatos inéditos de Adriano, a série documental revive as conquistas, lutas pessoais, familiares e, acima de tudo, o amor que Adriano Imperador sempre teve pelas suas origens.
O documentário, além de trazer a voz do atleta como fio condutor da narrativa, conta ainda com imagens raras do arquivo pessoal da família, que foram cedidas pelo próprio Adriano.