Operação no Complexo da Penha deixa dez mortos e mais de 3 mil alunos são afetados

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Os moradores da Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, amanheceram com muitos tiros em uma operação policial nesta quarta-feira (02), que deixou dez mortos e três pessoas feridas até momento. A operação com agentes do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) começou antes das 6h, e continua.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 16 unidades escolares na região, que tiveram o horário de entrada adiado para às 11h por conta do jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo, foram impactadas, e 3.220 alunos foram afetados.

Já a Secretaria Municipal de saúde informou que 5 clínicas da família seguem com atendimento normal nas unidades, mas com as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares, suspensas. Em entrevista a TV Globo, o coronel Marco Andrade afirmou que a corporação está “trabalhando para garantir a paz e segurança fluminense“.

Registro da operação desta quarta-feira (02) /Foto: Reprodução Redes Sociais

Moradores relatam que os tiroteios começaram por volta das 3h, afetando também que precisava sair para trabalhar. “Muitos tiros, muitos tiros na mata. O caveirão subiu a parte da mata e bateu de frente com os bandidos todos armados, fortemente armados. Aí, estourou uma cena de guerra intensa aqui em cima na mata“, disse um morador.

Também foram relatados tiros em regiões do Complexo do Alemão.

Segundo informações do Hospital Estadual Getúlio Vargas, que recebeu as pessoas baleadas, duas permanecem internadas na unidade e apresentam quadro clínico estável. Um dos feridos é um PM, que também se encontra com um quadro estável, segundo fontes da PM, consultadas pelo G1.

De acordo a Polícia Militar, a operação foi feita por conta de uma reunião que aconteceria entre criminosos.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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