Nesta segunda-feira (03), no dia Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania entregou o “Relatório de Recomendações para o Enfrentamento ao Discurso de Ódio e ao Extremismo no Brasil”, que contém diretrizes e recomendações estratégicas, além de um diagnóstico sobre o assunto.
Durante a cerimônia da entrega do documento, o ministro Silvio Almeida afirmou que estava emocionado de fazer parte desse momento que ele descreveu como “importante para a história do país”, e destacou o poder que o discurso de ódio tem para as pessoas e grupos atingidos. “Quem censura é o ódio, o radicalismo, o preconceito, a discriminação e o racismo”, diz Silvio Almeida.
Sobre o documento, feito por um Grupo do Trabalho (GT) instituído pelo ministério em fevereiro, para assessorar sobre a temática, o ministro diz que mostra a amplitude do relatório. “O combate ao discurso de ódio esta sendo travado em mais de uma frente, e nosso trabalho não se esgota hoje”, disse o ministro.
“Não se faz política pública sem ciência”, também ressaltou Silvio Almeida, ao afirmar que o grupo utilizou uma série de fontes de pesquisa ao desenvolver o relatório, que para ele, também deve abrir para a colaboração de outros pesquisadores que possam auxiliar nessa construção.
“O GT espera que o relatório circule como um documento de reflexão sobre a urgência do enfrentamento ao ódio e ao extremismo no Brasil e que permita ter a prevenção e o cuidado das vítimas no centro das respostas institucionais e políticas”, diz o texto de apresentação do documento.
“O Ministério dos Direitos Humanos tem que voltar a falar de futuro. O passado nos condiciona, o presente nos leva a agir inevitavelmente mas nós precisamos começar a caminhar em direção ao futuro”, afirmou Silvio Almeida.
Durante seu discurso, o ministro também mencionou o caso do parlamentar que ofendeu de forma racista, dizendo que africanos e brasileiros não tem “capacidade cognitiva”.
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