Após meio século à frente do carro de som da Beija-Flor de Nilópolis, Neguinho da Beija-Flor decidiu encerrar oficialmente sua trajetória como intérprete da escola durante o Carnaval deste ano. O sambista, um dos nomes mais marcantes da história do desfile carioca, vive agora uma fase de transição que inclui novas possibilidades profissionais e até rumores sobre uma possível entrada na política.
Questionado sobre o assunto pelo jornal Extra, Neguinho desconversou e reforçou que não pretende seguir esse caminho. “Deixa para a Benedita, que eu considero minha irmã. Ela é madrinha do meu filho e minha benfeitora. Meu negócio é compor e cantar samba”, afirmou o intérprete.
Nos bastidores, seu nome chegou a ser cogitado para disputar uma vaga no Senado pelo Rio de Janeiro nas eleições de 2026. A ideia foi ventilada por Washington Quaquá, prefeito de Maricá e vice-presidente nacional do PT, e ganhou força no diretório fluminense do partido, atualmente comandado por Diego Zeidan.

Mesmo aposentado dos microfones da Beija-Flor, Neguinho continua com a agenda cheia. Ele explica que os convites para apresentações aumentaram desde sua saída da escola e que agora aproveita o momento para estar mais próximo da família, especialmente da filha caçula, Luiza, de 17 anos.
A despedida de Neguinho aconteceu em um ano simbólico. A Beija-Flor se consagrou campeã do Carnaval 2025, marca que reforça a importância do artista que deu voz a 15 títulos da agremiação. Ao longo da carreira, ele também acumulou cinco prêmios Estandarte de Ouro na categoria de melhor intérprete, honraria concedida pelo jornal O Globo aos destaques dos desfiles.
Neguinho da Beija-Flor vive um ano simbólico. Além de ser campeão com a Beija-Flor de Nilópolis durante o Carnaval de 2025, o sambista também celebra 50 anos de trajetória dedicados ao samba e à escola que o consagrou.
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