A Organização Mundial da Saúde (OMS) determinou o dia 15 de junho como o dia da conscientização da violência contra a pessoa idosa. Neste mês usado para dar visibilidade à causa, um estudo realizado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), revela que as mulheres representam mais de 67% das denúncias notificadas de violência contra idosos.
Em 2022 foi registrado um pico de quase 70% dos casos registrados. O estudo “Denúncias de violência ao idoso no período de 2020 a 2023 na perspectiva Bioética” revela que, no ano passado, o total de ocorrências de agressões teve um aumento de quase 50 mil casos, quando comparado com o ano anterior.
A pesquisa foi baseada nas denúncias de violência a partir das diretrizes do Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE), e a apartir de dados do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, entre 2020 e 2023 e utilizando informações disponíveis no Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.
O número total de denúncias notificadas durante o período de 2020 até 2023 chegou a 408.395 mil, representando 21,6% em 2020, 19,8% em 2021, 23,5% em 2022 e 35,1% em 2023. O relatório mostra que a região sudeste foi a que apresentou mais casos em todos os anos analisados. Em seguida vem a região nordeste, que possui o terceiro maior número de idosos do país, com 19,9% de denúncias.
Só nos três primeiros meses de 2024 já foram registradas 42.995 denúncias de violações contra pessoas de 60 anos de idade ou mais na Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH). Número bem maior do que os do mesmo período de 2023, com 33.546 registros, e de 2022, com 19.764.
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