Aproximadamente quinhentas pessoas participaram de um ato pela moradia digna e por direitos sociais em Fortaleza nesta quinta-feira (15). A ação, chamada “Fome de Direitos”, foi organizada pelo Movimento Brasil Popular (MBP) no Ceará e fez parte de uma jornada nacional de lutas que ocorreu em várias capitais brasileiras, dado em primeira mão pelo Brasil de Fato.
A mobilização começou na Arena Castelão e seguiu em caminhada até a sede da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Habitacional (Habitafor). Lá, uma comissão de representantes do movimento entregou uma lista de reivindicações ao secretário Jonas Dezidoro. As principais demandas incluíam a construção de novas unidades do Minha Casa, Minha Vida, a regularização fundiária de territórios e melhorias em infraestrutura para moradias populares, como saneamento, iluminação e pavimentação.
Cinthiane Nascimento, da direção estadual do MBP, explicou em entrevista ao Brasil de Fato o objetivo da mobilização. “Estamos nas ruas para dar o recado de que seguimos firmes na defesa da democracia, apoiando os governos progressistas, mas também queremos avanços nas periferias da nossa cidade. A fome também é de garantia de direitos, dignidade e lazer. Queremos abrir um diálogo e contar para o poder público o que acontece nos territórios”, declarou.
O ato contou com a presença de moradores e lideranças de bairros como Granja Lisboa, Santa Fé, Itaperi, Messejana, José Walter, Pici, Serrinha e Pirambu, além de integrantes do Movimento Sem Terra (MST) e do Levante Popular da Juventude. Também estiveram presentes o deputado estadual Missias do MST (PT) e o vereador João Aglaylson (PT).
Ao final do encontro, o vereador João Aglaylson detalhou os encaminhamentos. Ele afirmou ao Brasil de Fato que o secretário Jonas Dezidoro se comprometeu a criar um grupo de trabalho para acompanhar as reivindicações. “Na segunda-feira (20) o prefeito Evandro Leitão (PT) vai receber uma comissão de representação tanto do movimento quanto do mandato do deputado Missias e do nosso mandato”, disse.
O deputado Missias do MST reforçou o papel da mobilização popular. “A luta faz com que a gente venha às ruas, que a gente faça as nossas caminhadas e que nós possamos nos integrar, juntos, para dizer aos nossos governos que a pauta que estamos apresentando é legítima e precisa sair do papel”, afirmou durante o ato.
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