Mostra de Cinema “Um Oceano para Lavar as Mãos” acontece no Centro Cultural Sesc Quitandinha (RJ)

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Neste sábado (19) e domingo (20), acontece às 16h a Mostra de Cinema “Um oceano para lavar as mãos”, no Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Com curadoria do cineasta Clementino Junior, os filmes selecionados abordam questões afro-diaspóricas. Após a exibição dos filmes, haverá um debate com convidados, entre diretores e integrantes das equipes, e
mediação de Clementino Junior.

A Mostra integra a programação cultural gratuita que acompanha “Um oceano para lavar as mãos”, exposição inaugural da instituição, que tem curadoria de Marcelo Campos e Filipe Graciano, em cartaz até
17 de setembro de 2023. Na sessão de abertura, no dia 19, participará do debate o Coletivo Denegrindo. A Mostra continua no próximo final de semana também (26 e 27 de agosto).

Os filmes da Mostra de Cinema “Um oceano para lavar as mãos” são: “Cavalo” (2020, Brasil, 85 min), documentário de Rafhael Barbosa e Werner Salles; “Intervenção Jah” (2019, Guiné Bissau, 16 min), de Welket Bunguê; “Pattaki” (2019, Cuba, 21 min), de Everlane Moraes; “CoroAção” (2019, Brasil, 9 min), de Juciara Áwô e Luana Arah; “Alexandrina, um Relâmpago” (2022, Brasil, 11 min), de Keila Sankofa; “7 Cortes de Cabelo no Congo” (2022, Brasil, 90 min), documentário de Luciana Bezerra, Gustavo Mello e Pedro Rossi; e os filmes para o público infanto-juvenil – “5 Fitas” (2020, Brasil, 15 min), de Heraldo de Deus e
Vilma Martins; a animação “Ewé de Òsányìn: O Segredo das Folhas” (2021, Brasil, 22 min), de Pâmela Peregrino; e “Mandinga” (2016, Brasil, 14 min), de Wagner Novais.

A cineasta Everlane Moraes terá seu filme “Pattaki” (2019, Cuba, 21 min) apresentado na Mostra / Foto: Natália Medina.

A Mostra de Cinema projetará na tela um panorama das experiências afro- diaspóricas no cinema contemporâneo. Segundo a intelectual Beatriz Nascimento: ‘Quilombo é aquele espaço geográfico onde o homem tem a sensação do oceano’. Ela também afirma que cada negro é um quilombo, e que a ancestralidade se liga com o que está do outro lado do oceano. Serão exibidos filmes de vários territórios que situam essa conexão que dá sentido a entendermos o Brasil Negro como uma identidade diversa, potente e importante”, diz Clementino Junior.

PROGRAMAÇÃO
– 19 de agosto de 2023, sábado
16h >>> Sessão de abertura – apresentação de Clementino Junior
Exibição do filme “Cavalo” (2020, Brasil, 85 min), documentário de Rafhael Barbosa
e Werner Salles.17h30 >>> Debate com Clementino Junior e Coletivo Denegrindo

– 20 de agosto de 2023, domingo
16h >>> apresentação de Clementino Junior
Exibição dos filmes de curta-metragem: “Intervenção Jah” (2019, Guiné Bissau, 16
min), de Welket Bunguê; “Pattaki” (2019, Cuba, 21 min), de Everlane Moraes;
“CoroAção” (2019, Brasil, 9 min), de Juciara Áwô e Luana Arah; “Alexandrina, um
Relâmpago” (2022, Brasil, 11 min), de Keila Sankofa;
17h30 >>> Debate com Clementino Junior, Keila Sankofa e Mariana Maia,
performer e roteirista de “CoroAção”.

– 26 de agosto de 2023, sábado
16h >>> apresentação de Clementino Junior
Exibição do filme “7 Cortes de Cabelo no Congo” (2022, Brasil, 90 min), de Luciana
Bezerra, Gustavo Mello e Pedro Rossi
17h30 >>> Debate com Clementino Junior e Luciana Bezerra

– 27 de agosto de 2023, domingo – Sessão infanto-juvenil
16h >>> apresentação de Clementino Junior
Exibição dos filmes “5 Fitas” (2020, Brasil, 15 min), de Heraldo de Deus e Vilma
Martins; a animação “Ewé de Òsányìn: O Segredo das Folhas” (2021, Brasil, 22
min), de Pâmela Peregrino; e “Mandinga” (2016, Brasil, 14 min), de Wagner
Novais.
17h30 >>> Debate com Clementino Junior e Pâmela Peregrino

SOBRE CLEMENTINO JUNIOR

Clementino Junior é cineasta, educador audiovisual e ambiental, doutor em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da UniRio, mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação – Processos Formativos e Desigualdades Sociais da UERJ, e bacharel em Desenho Industrial – Programação
Visual pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É pesquisador do GEASur (Grupo de Estudos em Educação Ambiental desde el Sur) da UniRio, e fundador do Cineclube Atlântico Negro (CAN) e do CineGEASur. Atua principalmente nos temas da educação e inclusão audiovisual, educação ambiental, animação, cineclube, atlântico, cinema negro e diáspora africana. Foi curador e coordenou o Cineclube da ABDeC – RJ (Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas – Seção Rio de Janeiro), em 2007/2008; presidente na gestão (2010/2012) e vice-presidente (2012/2013) da instituição. Desde 2008 realiza sessões mensais do CAN, ação que une cinema e movimentos sociais, com programação voltada para filmes da diáspora africana. Tem sua produção cinematográfica focada na luta antirracista e pelos
Direitos Humanos.

Já fez parte de comissão de seleção de projetos audiovisuais na Riofilme e em outros estados – mais recentemente em editais de audiovisual de Niterói, Funcultura de Espírito Santo e Pernambuco. Realizou 26 filmes autorais: um longa-metragem documentário e 25 curtas-metragens, dos quais quatro animações, cinco ficções e 14 documentários >>> https://vimeo.com/user6168839

“UM OCEANO PARA LAVAR AS MÃOS”

A exposição “Um oceano para lavar as mãos”, que tem curadoria de Marcelo Campos e Filipe Graciano, reúne obras dos artistas negros Aline Motta, Arjan Martins, Ayrson Heráclito, Azizi Cypriano, Cipriano, Juliana dos Santos, Lidia Lisbôa, Moisés Patrício, Nádia Taquary, Rosana Paulino, Thiago Costa e Tiago Sant’ana, que ocupam um espaço monumental de 3.350 metros quadrados do Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis.

A exposição é acompanhada, até seu término, em 17 de setembro de 2023, de uma programação gratuita de música, cinema, teatro, literatura, atividades infantis, oficinas e seminários. O Café Concerto do Centro Cultural Sesc Quitandinha, amplo teatro com capacidade para 270 pessoas, sedia a programação de música e cinema. A curadoria de música é do cantor, compositor, violonista e poeta baiano Tiganá Santana. A mostra de cinema tem como curador Clementino Junior, cineasta dedicado à difusão da obra audiovisual racializada. Flávio Gomes, pesquisador do pensamento social e da história do racismo, da escravidão e da história atlântica, é o curador das ações da linguagem escrita, literária e oral, formatadas como seminários, na Biblioteca.

O grupo Pretinhas Leitoras, formado pelas gêmeas Helena e Eduarda Ferreira, nascidas em 2008 no Morro da Providência, no Rio de Janeiro, está à frente das atividades infantis, que são feitas na Sala de Crianças do CCSQ. Para ampliar a percepção do público das obras expostas, estão programadas seis oficinas, e a primeira delas é o Ateliê de Artista, com o petropolitano Cipriano.

SERVIÇO: Mostra de Cinema “Um oceano para lavar as mãos”
19, 20, 26 e 27 de agosto de 2023, às 16h.
Centro Cultural Sesc Quitandinha, Petrópolis
Entrada gratuita
Exposição “Um oceano para lavar as mãos”:
Terça a domingo, e feriados, das 9h30 às 17h (conclusão do itinerário até às 18h)
Visitas guiadas: terças a domingos e feriados, das 10h às 16h30 (conclusão do
itinerário até as 18h)
Visitação ao entorno do Lago Quitandinha: terças a domingos e feriados, das 9h às
17h (em caso de chuva a visitação é suspensa)
Centro Cultural Sesc Quitandinha
Avenida Joaquim Rolla, nº 2, Quitandinha, Petrópolis
Entrada gratuita

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