O ministro da Saúde Alexandre Padilha informou, através de um post na rede social X, que foi encaminhado para a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) a solicitação para incorporação da vacina contra o Herpes Zóster no SUS.
Padilha afirma que essa será uma prioridade do ministério e que espera fazer campanhas de vacinação para as pessoas que têm indicação. “É uma vacina de boa qualidade, mas é muito difícil as pessoas terem acesso. Muita gente não sabe da existência dela.” informa o ministro.

O Herpes Zoster é causado pelo vírus varicela-zóster (o mesmo causador da catapora). O vírus pode ficar adormecido no corpo de uma pessoa por toda a vida. A “reativação” pode ocorrer em pessoas adultas ou com a imunidade comprometida.
Os sintomas geralmente são erupções na pele, febre, parestesias (formigamento, agulhadas, adormecimento, pressão), mal estar, dor de cabeça podendo levar a complicações mais sérias como:
- Ataxia cerebelar aguda, que pode afetar equilíbrio, fala, movimentos das mãos e pernas;
- Síndrome de Reye, que causa uma inflamação no cérebro e pode ser fatal quando associada ao uso de AAS;
- nevralgia pós-herpética (NPH) que é uma dor persistente que ocorre na erupção entre 4 a 6 semanas após o aparecimento, entre outros.
No começo de abril, a revista Nature publicou um estudo feito no País de Gales sobre a possível relação do herpes zóster e a demência e informaram no estudo que a vacina pode ser capaz de reduzir em até 20% as chances de desenvolvimento de demência.
Agora a solicitação aguarda o parecer técnico para que a vacina fique disponível na rede pública. A vacina atualmente só está disponível na rede privada no Brasil.
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