Suspeito pelo assassinato de Marielle Franco, Ronnie Lessa é expulso da PM após 5 anos do crime

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O principal suspeito pelo asssassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes foi oficialmente expulso da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) na última quarta-feira (8). Ronnie Lessa já havia sido preso por homicídio, descarte de provas da cena do crime, tráfico e porte ilegal de armas de fogo. Somente neste ano a Polícia oficializou a expulsão do ex-PM.

Desde 2019, Ronnie Lessa estava preso em uma penitenciária de segurança máxima, no Rio Grande do Norte. A partir de denúncias, o Ministério Público o indiciou por suspeita de ter disparado 13 tiros contra a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, na noite do dia 14 de março, em 2018.

Após cinco anos do crime, Ronie Lessa foi expulso da PM – Foto: Reprodução/G1

Em 2021, ele foi condenado a mais quatro anos de prisão devido ao descarte de possíveis provas do assassinato da vereadora e do motorista. Segundo denúncias, Lessa teria recebido ajuda de esposa, cunhado e mais dois amigos para descartar armas de fogo no mar da Barra da Tijuca.

Os registos apontam que o segundo crime foi cometido em 14 de março de 2019, exatamente um ano após o assassinato de Marielle.

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A Justiça também condenou o suspeito a mais de 13 anos de prisão, em setembro de 2022, quando cerca de 117 fuzis foram encontrados na casa de um comparsa de Lessa. O cúmplice foi absolvido, enquanto o ex-PM confessou o porte e tráfico de armamentos.

Diante de toda a ficha do criminoso, o boletim emitido pela PMERJ, referente à última quarta-feira, destaca: “Nota-se que com a sua execrável conduta, descumpriu preceitos éticos e estatutários em vigor, mormente o preconizado no parágrafo único do art. 14 da Portaria/PMERJ n.º 254 – IR -22, de 07 de abril de 2005, que trata acerca das Instruções reguladoras para aquisição, registro, transferência, porte, transporte, extravio, furto, roubo, acautelamento e devolução de armas de fogo e munições de policiais militares”.

Assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes

De acordo com as investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), até o momento foram identificados os dois principais suspeitos pela execução do crime que resultou no assassinato da Vereadora Marielle Franco e do motorista que a acomanhava, Anderson Gomes.

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As câmeras da região registraram o percurso feito pelo veículo que transportava Marielle. Durante a rota, foi constatada a perseguição de um automóvel estilo Cobalt. O suposto condutor do carro que perseguiu Marielle é Élcio Queiroz, também ex-PM.

Junto dele, estava o atirador responsável pelos 13 disparos contra Marielle e Anderson. O suspeito foi identificado como Ronnie Lessa, o ex-PM reformado. Ele negou as acusações, embora o MPRJ tenha encontrado, no histórico de Lessa, buscas referentes ao modelo de submetralhadora HK MP5, idêntico ao que tirou a vida da vereadora e do motorista.

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Após quase cinco anos do crime, as buscas por uma resposta permanecem em constante investigação. A fim de solucionar as perguntas “Quem mandou matar Marielle? E por quê?”, o atual Ministro da Justiça, Flávio Dino, decretou a federalização do caso.

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