O Maranhão é o estado mais vulnerável do Brasil a ataques cibernéticos, segundo um levantamento realizado pela empresa Wix, que analisou o comportamento digital e o volume de buscas sobre segurança online em todos os estados brasileiros. O estudo mostra que apenas 0,65% dos maranhenses pesquisam sobre crimes digitais, o que equivale a um em cada 153 habitantes.
De acordo com os especialistas, a baixa procura por termos como “segurança cibernética”, “phishing” e “ataques hackers” indica um baixo nível de conscientização sobre ameaças virtuais. Essa falta de informação deixa tanto usuários comuns quanto empresas locais mais expostos a golpes, fraudes e vazamentos de dados.

O levantamento revela que, nos últimos 12 meses, um em cada quatro brasileiros (24%) perdeu dados ou dinheiro em razão de crimes cibernéticos. No Maranhão, o interesse por temas relacionados à proteção digital é o menor do país: a população realizou em média 43,9 mil pesquisas anuais sobre o assunto, número considerado baixo para um estado com mais de 6,7 milhões de habitantes.
Logo atrás do Maranhão, aparecem Alagoas e Piauí, ambos com apenas 0,84% da população buscando informações sobre segurança cibernética. Na sequência, vem a Bahia, em quarto lugar, onde 0,89% dos baianos se interessam pelo tema.
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Entre os termos mais pesquisados em todo o país, “antivírus” lidera com 895 mil buscas anuais, seguido por “phishing”, “firewall” e “ransomware”. Já os conceitos mais técnicos, como “botnet” e “brute force attack”, registraram volumes baixos em todos os estados, o que, segundo a Wix, evidencia uma lacuna de conhecimento técnico sobre os riscos digitais.
Na outra ponta do ranking, o Pará é o estado com menor risco de crime cibernético no Brasil, com 8,6% da população afetada e maior volume de buscas relativas à segurança digital entre as regiões Norte e Nordeste.
Para os analistas da Wix, os dados mostram que educação digital e conscientização são fatores essenciais para reduzir o impacto dos ataques virtuais. “Os estados que mais pesquisam sobre segurança online tendem a ser os menos atingidos”, conclui o relatório.










