A partir deste sábado (2), a espetáculo “Kondima – Sobre travessias”, da companhia Troupp Pas D’argente, entra em cartaz novamente, desta vez no Teatro Gonzaguinha, no Centro do Rio de Janeiro, a partir das 18h. No elenco, artistas como Carolina Garcês, Natalie Rodrigues, Orlando Caldeira e a atriz Convidada: Ruth Mariana.
A peça tem como tema central os refugiados e mostra, de maneira poética, o desdobramento da vida de quatro personagens: seus medos, perdas e sonhos diante da deriva de estar fora de seu país de origem.
O espetáculo aborda a temática a partir do olhar de refugiados vindos de países distintos que se viram obrigados a deixar suas casas, na busca pela sobrevivência e pela paz. Os motivos que os obrigam a realizar uma arriscada travessia são diversos: perseguição política, conflitos armados e guerrilhas, fome, discriminação racial, social ou religiosa, violência sexual, violência de todas as formas. A trama evidencia a humanidade dos personagens e revela os conflitos e desventuras surgidos a partir do entrelaçamento dessas histórias, que geram inusitadas e instigantes situações.
“Kondima” é uma palavra pertencente ao dialeto Lingala, falado em tribos da Angola e da República Democrática do Congo, e significa Acreditar. A dramaturgia traz, de forma densa, um olhar profundo sobre essas mulheres, homens e crianças, que encontram-se em situação de vulnerabilidade social e terror e leva ao palco a realidade de 25,4 milhões de pessoas em todo o mundo.
Histórico
Desde a invasão russa à Ucrânia, relatos sobre o conflito dominam os noticiários, lançando olhar para os habitantes que deixaram suas casas em busca de refúgio. De acordo com a ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados – Agência da ONU para Refugiados), mais de 4 milhões de ucranianos deixaram o país, desde o início do conflito. Segundo a Convenção de Refugiados de 1951, é considerado refugiado, qualquer pessoa que “temendo ser perseguida por questões de raça, religião, nacionalidade, pertencimento a um determinado grupo social ou opinião política, bem como devido à grave e generalizada violação de direitos humanos e conflitos armados, se encontra fora do país de sua nacionalidade e que não pode ou, em virtude desse temor, não quer valer-se da proteção desse país”.