Está em cartaz no Museu da Maré, no Rio, a peça “Kawó – o rei chama“, um espetáculo teatral voltado para o público infanto-juvenil centrado na trajetória do orixá Xangô, importante divindade presente na mitologia do povo Ioruba Nagô, representante da justiça, do fogo e do trovão. O espetáculo celebra a herança ancestral desse povo e dessa figura. A peça entra em cartaz nesta sexta (05) e vai até 14 de abril, o museu fica na Av. Guilherme Maxwel, 26.
As sessões ocorrem de sexta-feira a domingo. As sextas ás 10h e ás14h. Aos sábados e domingos ás 17h. No palco, seis atores negros, acompanhados de dois músicos, constroem e personificam uma África ancestral, mítica e carregada de simbologias. Direção, texto e concepção de Gabriel Mendes.
Kawó – o rei chama apresente para um público uma África ancestral e imaginária e narra a preparação do “dia do Obá Xangô”. Uma família composta por uma mãe, quatro filhos e um avó passam o dia desde seu alvorecer preparando a festividade. Tudo sob o comando dessa grande matriarca, os seis trabalham para que tudo seja perfeito para celebrar a memória do rei, esse ancestral tão admirado por todos eles.
“Nosso espetáculo dialoga com o entendimento que no saber informal há um conhecimento incalculável e não existe presente e futuro possíveis sem entender sua origem e ancestralidade (o que ao longo da história foi negado àqueles que descendem dos homens e mulheres trazidos do continente africano para serem escravizados no Brasil.). São histórias que precisam ser contadas a esses jovens ouvintes para que esses se reconhecem naquilo que ouvem e percebam que a nossa história começou antes mesmo de ter começado”, explica Gabriel Mendes.
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