A Justiça da Itália decidiu manter detida a deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), que atualmente se encontra no presídio de Rebibbia, localizado nos arredores de Roma. A parlamentar está presa desde a última terça-feira (29), após ter deixado o Brasil e ser considerada foragida poucos dias depois de ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a uma pena de dez anos de reclusão por envolvimento em um caso de invasão hacker ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Na última sexta-feira (1º), autoridades italianas realizaram uma audiência preliminar para avaliar a situação da deputada, a informação foi confirmada por investigadores e fontes da diplomacia brasileira e apurada pelo G1 . A análise ficou a cargo da Quarta Seção do Tribunal de Roma, que optou por mantê-la detida enquanto o processo de extradição solicitado pelo governo brasileiro segue em andamento.
O embaixador do Brasil na Itália, Renato Mosca, manifestou confiança no andamento do processo. “Confiamos na Justiça italiana”, afirmou em entrevista ao blog de Andreia Sadi.

Processos contra Zambelli
Carla foi condenada a dez anos de prisão e a perda do mandato pela Primeira Turma do STF. A deputada é acusada de invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e atuar em conjunto com o hacker Walter Delgatti Neto, planejando um ataque virtual ao sistema do CNJ para inserir decisões judiciais forjadas, como um mandado de prisão contra Alexandre de Moraes, ministro do STF.
Zambelli teve o nome incluído na lista de foragidos internacionais desde 6 de junho. A pedido de Alexandre de Moraes, o nome de Zambelli foi incluído na lista de foragidos internacionais da Interpol. O nome da deputada consta na Difusão Vermelha da Interpol, banco de dados de pessoas procuradas pelas polícias dos 196 países-membros do órgão.
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