Por determinação da Justiça de São Paulo, a aposentada Elisabeth Morrone e seu filho, que fizeram ataques racistas ao humorista e músico Eddy Júnior em 2022, terão de deixar o condomínio onde moram na Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista. Ele se mudou do apartamento logo depois que foi chamado de “macaco” pela aposentada.
A juíza Laura de Mattos Almeida, da 29ª Vara Cível da capital, deu o prazo de 90 dias para eles saírem, que começaram a ser contados a partir de 30 de abril, por conta de “comportamento antissocial”. O pedido foi feito pela própria administração do condomínio, após os episódios contra Eddy.
Antes mesmo de chegar na justiça, uma assembleia do condomínio já havia decidido pela expulsão de Elisabeth e seu filho, e segundo a juíza, a decisão judicial deve ratificar a decisão da maioria dos moradores. Mas a aposentada mantém os seus direitos de propriedade do apartamento, com a possibilidade de locar ou vender a unidade.
Além da expulsão, foram emitidas duas multas para a aposentada, uma no valor de R$ 1.646,13 e outra de R$ 5.259,6 por conta da confusão do episódio racista. A defesa da aposentada informou ao G1 que vai recorrer da decisão.
Sobre o caso de racismo contra Eddy, a aposentada chegou a ser processada por injúria racial e agressão, mas o inquérito na Polícia Civil foi finalizado em março de 2023, sem indiciamento, e o caso foi encaminhado ao Ministério Público.
O Notícia Preta entrou em contato com o MP para saber como anda o caso, que informou que Marcos Vinicius Morrone Sartori e Elizabeth Sartori foram denunciados por injuria racial pelo MPSP e “estão sendo processados, mas ainda não houve sentença judicial“.
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