Jornalista é alvo de ataques racistas após entrevista com deputado federal

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Basilia Rodrigues, jornalista e comentarista política da CNN Brasil, sofreu ataques racistas de apoiadores do deputado federal Nikolas Ferreira (PL), após entrevistar o parlamentar mineiro e a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS), no quadro “Dois Lados”.

A entrevista teve como tema principal o “Discurso transfóbico deve gerar suspensão de mandato?”. Na conversa, a comentarista e os parlamentares debateram a possível cassação do mandato de Nikolas, que fez um discurso transfóbico no plenário da Câmara, no dia 8 de março.

Em diversos momentos o deputado questionou a jornalista sobre o que é ser mulher, ela rebateu dizendo “sou eu quem faz as perguntas”.

A jornalista não se intimidou e respodeu aos ataques. Imagem: Twitter @basiliarodri

O posicionamento de Basilia Rodrigues, incomodou os apoiadores do parlamentar. Ela foi ataca por eles nas redes sociais. A jornalista publicou no Twitter prints dos comentários que recebeu. Alguns desmereceram o trabalho dela: “Parabéns Nikolas. E essa repórter???Presta nem pra dar faxina“. Outros se refereriram a jornalista com os xingamentos “put*“, “feia” e “negra vadi*“.

Basilia não se intimidou e postou nas redes sociais os prints de comentários feitos em suas fotos no Instagram e no Youtube. No Twitter, ela escreveu que as atitudes dos seguidores de Nikolas Ferreira foram racistas.

Essa não é a primeira vez que a jornalista se posiciona contra o racismo. Antes de divulgar os prints, ela publicou uma foto com a legenda “Neste 21 de março, Dia Internacional para Eliminação da Discriminação Racial, lembro q se dizer antirracista não significa ser antirracista; q temos 24 horas/d para agir contra o racismo, mesmo que não pareça tarefa fácil, já que “naturalmente” ele pode estar em todas as coisas.

Até o momento emissora não se posicionou sobre o caso.

Basilia Rodrigues se manifesta no dia 21 de março para a causa antirracista. Foto: Reprodução/ Instagram

Leia mais: “Não houve um instante sem lutas no Brasil e não haverá, até que o racismo desapareça”, diz Jurema Werneck

Thayná Braulino

Thayná Braulino

Meu nome é Thayná Braulino e atualmente eu resido na cidade de Lins, interior de São Paulo, mas sou natural de Santo André - SP e tenho 26 anos. Sou formada em Arquitetura e Urbanismo, Pós graduada em Arquitetura e Patrimônio e Capacitação em Cultura e Sociedade. Gemeniana da cabeça aos pés, apaixonada por artes, história, cultura, pautas sociais e raciais e por escrever.

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