Nos últimos três dias foram encontrados 73 corpos de participantes de uma seita que incentivava os seguidores a realizar um jejum total coletivo para “encontrar Jesus”, segundo investigações da polícia do país. Dentre esses mortos, oito foram inicialmente encontrados com vida.
Os mortos faziam parte da Igreja Internacional das Boas Novas, na cidade de Malindi, cidade localizada no leste do Quênia.
Além dos cadáveres, 12 fiéis — sete homens e quatro mulheres — entre 17 e 49 anos, com sinais de fraqueza e que se recusavam a ingerir alimentos foram encontrados em uma floresta da região, conhecida como Shakahola, na qual os participantes da seita costumavam se reunir para realizar cultos. Essas pessoas foram levadas pelas autoridades e hospitalizadas.
O chefe das investigações, Charles Kamau, afirmou que a a busca por desaparecidos continua, já que alguns fiéis estão ainda estão escondidos para que possam seguir jejuando. Segundo a Cruz Vermelha no Quênia, 112 pessoas foram consideradas desaparecidas.
As autoridades locais encontraram os primeiros quatro corpos de adeptos da igreja após denúncias que apontavam a existência de uma possível vala comum no local.
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Makenzie Nthenge, fundador da igreja e incentivador dos jejuns, foi preso dez dias atrás. Uma fonte policial afirmou que o líder religioso iniciou uma greve de fome e que “está orando e jejuando” enquanto permanece detido. De acordo com a imprensa local, além de Nthenge, seis de seus seguidores também foram detidos.
Segundo com a mídia local, Makenzie Nthenge já havia sido preso e indiciado em março, após duas crianças que participavam da seita terem morrido de fome. No entanto, ele foi liberado após pagar uma fiança de cem mil xelins quenianos (cerca de 3,7 mil reais).