Uma pesquisa realizada por estudiosos da Organização Mayo Clinic mostra que as pessoas mais isoladas socialmente aparentam ter uma idade biológica maior do que realmente têm. Conforme o estudo, as conexões de interação desempenham um papel crucial na saúde física e emocional dos adultos. Os pesquisadores destacaram que os determinantes sociais da saúde precisam ser levados em consideração.
Esses determinantes influenciam nos problemas de disposição, por exemplo, os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos-raciais, psicológicos e comportamentais. Para constatar essas hipóteses, os cientistas relacionaram informações sobre o estilo de vida dos entrevistados/voluntários com os resultados dos seus eletrocardiogramas. Assim, foi possível perceber como o contato social influencia no envelhecimento biológico.
Aproximadamente 280 mil adultos participaram do estudo e, com esses dados, foi possível criar um parâmetro que determina a idade biológica dos entrevistados. Vale destacar que essa averiguação é recente e foi publicada no Jornal Of The American College Of Cardiology, no dia 20 do mês passado.
Isolamento social
Para averiguar o processo de isolamento social, os cientistas utilizaram os índices de Rede Social para avaliar seis possibilidades de interação:
- Fazer parte de qualquer clube ou organização social;
- Frequência em atividades sociais por ano;
- Regularidade de conversas ao telefone com familiares e amigos por semana;
- Periodicidade na participação em serviços religiosos por ano;
- Frequência de reuniões com amigos ou familiares pessoalmente por semana;
- Estado civil ou viver com um parceiro.
Ainda conforme o estudo, os participantes que apresentaram uma pontuação mais alta em relação ao índice de rede social apresentam “aparentemente uma vida melhor”. Além disso, também aparentam uma diferença de idade menor entre a idade biológica e a cronológica. Fator que se manteve predominante em todos os grupos de gênero e idade que foram avaliados.
Mortalidade
O fator do status da rede social refletiu ainda no agravamento do risco de mortalidade. Durante o acompanhamento realizado por dois anos, com os voluntários, cerca de 5% foram a óbito. Segundo os dados da investigação, aqueles que tiveram pontuação baixa, menores ou iguais a 1, no que se refere ao índice de rede social, apresentaram um maior risco de morte em um comparativo com outros grupos que tiveram uma pontuação mais alta.
Vale mencionar que as análises também apontaram uma disparidade de saúde existente entre os participantes não brancos. Os entrevistados brancos apresentaram uma qualidade de saúde mais elevada em comparação aos participantes negros.
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