Intolerância religiosa: mulher é agredida e perde a visão após ouvir samba sobre Exú

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Bruna Vaz perdeu a visão do olho direito após ser atacada — Foto: Reprodução/TV Globo

A manicure Bruna Domingues Vaz perdeu a visão do olho direito após ser atacada por um desconhecido com um facão. Segundo a vítima, o homem estava incomodado com a música que ela ouvia: o samba enredo da Grande Rio, escola campeã do carnaval carioca, que homenageou este ano o Orixá Exu. O caso foi registrado em Itaboraí, no Rio de Janeiro. O agressor está foragido há quase seis meses.

Bruna conta que o agressor estava num bar do outro lado da rua e começou a confusão quando ela colocou a música para tocar.

“Cheguei lá e perguntei a ele qual era o problema. A gente tava no nosso horário, o porquê da ironia de falar se a gente era macumbeiro ou pagodeiro. Ali ele se exaltou e veio para cima de mim”, contou Bruna Domingues Vaz à Tv Globo.

“Ele já veio com facão e não queria saber aonde ia pegar e em quem ia pegar. Eu estava na calçada, foi na hora que eu passei, e o facão veio me acertar”, relembra.

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Bruna Vaz perdeu a visão do olho direito após ser atacada — Foto: Reprodução/TV Globo

Intolerância Religiosa é crime

Intolerância religiosa é crime previsto na lei 9.459, de 1997. Sendo assim, ninguém pode ser discriminado em razão de credo religioso.

O crime de discriminação religiosa é inafiançável, ou seja, o acusado não pode pagar fiança para responder em liberdade. Este crime também é -imprescritível, o que significa que o acusado pode ser punido a qualquer momento. A pena prevista para é de reclusão por um a três anos e multa.

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