A GRES Imperatriz Leopoldinense será a quarta escola a passar pela Avenida nesta segunda-feira (20), último dia de desfiles do Grupo Especial. Com o enredo “O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida”, a agremiação vai levar um pouco do Nordeste para o carnaval carioca.
A Verde e Branca de Ramos contará “Uma história de assombrar”, conforme diz o início samba enredo composto por Me Leva, Gabriel Coelho, Miguel da Imperatriz, Luiz Brinquinho, Antonio Crescente e Renne Barbosa e interpretado por Pitty de Menezes. Inspirada em histórias de cordéis, a escola narrará a saga do cangaceiro Lampião que ao morrer foi expulso do céu e do inferno.
Logo do Enredo da Imperatriz Leopoldinense. Foto: Nelson Malfacini
Segundo o carnavalesco Leandro Vieira, a ideia da escola é passear pelos delírios dos cordéis que falam sobre lampião e não focar na biografia da figura. O carnavalesco diz que deseja apenas “apresentar esse personagem interessante que a cultura popular abraçou”, sem julgamentos. Ele explica a proposta do enredo.
“Lampião é esse personagem mítico, do imaginário nordestino brasileiro, que em diferentes áreas das artes foi abraçado como uma figura típica da brasilidade. Então, ao nos debruçar nesses cordéis a gente busca encontrar um destino delirante para essa figura tão contraditória e fascinante da cultura brasileira”.
Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro. Foto: Nelson Malfacini
Leandro Vieira acredita que Lampião contribuiu para propagação da identidade nordestina conhecida pelos brasileiros. Ele levará para avenida elementos estéticos típicos da região – como o cangaço, do sacro e do couro – mas apostando em cores quentes, vivas para representar o inferno e cores leves para remeter ao céu.
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