A influenciadora Samara Mapoua despertou reação nas redes sociais ao compartilhar em seu perfil uma imagem em preto e branco, em que aparece segurando a mão do namorado, Pedro Henrique “Dengo”, logo após o trágico acidente que o vitimou na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro. A fotografia mostra parte da lataria amassada do veículo no topo da imagem, enquanto a mão está exposta, em meio ao que parece ser um saco cadavérico, o recipiente usado pelas equipes de resgate para remover corpos de vítimas fatais. O uso desse material é padrão em operações de remoção e preservação de vítimas por órgãos como a defesa civil ou equipe de perícia.
Em depoimento nas redes, Mapoua lamentou profundamente a perda: “Você partiu e sei que minha vida nunca mais será como antes… Eu vou te amar eternamente, meu Dengo”. No entanto, a atitude gerou críticas imediatas entre internautas, alguns incomodados com a visualização do corpo ainda no local.

O acidente ocorreu na madrugada de sábado (30), no sentido Centro da Avenida Brasil, próximo ao viaduto Oscar Brito, em Campo Grande, zona oeste da cidade. Pedro Henrique, de 21 anos, estava no carro que capotou. Ele não resistiu aos ferimentos, enquanto outros três ocupantes ficaram feridos — um deles em estado grave.
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A família também impôs limites rigorosos aos rituais no velório. O irmão do influenciador proibiu práticas religiosas de matriz africana, como candomblé, justificando que a família é evangélica. “Se eu ver algo nesse sentido, vai passar vergonha”, disse. Ele ainda impôs que não fosse permitida filmagem ou fotografia do corpo, sob ameaça de destruir o celular de quem descumprisse a orientação.
O caso repercutiu com forte entrelaçamento entre dor, exposição nas redes e disputas simbólicas entre crenças religiosas, ampliando o debate público sobre os limites do luto virtual e os protocolos de privacidade em momentos de perda.