O auxiliar de apoio operacional, Eduardo de Assis Fernandes, foi preso em sua casa, no final de outubro, acusado de efetuar um assalto no estacionamento de um supermercado, em Queimados (RJ). O que chama atenção nessa história é que as vítimas desse assalto, apontaram Eduardo como o suposto assaltante, através de uma foto, do ano de 2006, na rede social.
Segundo a vítima, um homem fingindo ser mendigo o abordou no dia 22 de julho no estacionamento do supermercado e levou uma bolsa que continha o valor de R$ 109 mil. No início de agosto, a vítima e seu irmão receberam mensagens com tentativa de extorsão via Whatsapp.
Segundo a reportagem do Uol, a polícia então começou as investigações e identificou um ex-funcionário do estabelecimento, que foi demitido por justa causa como participante do assalto. Ele foi categorizado pelo delegado como sendo “articulador do crime”, por conhecer a rotina do supermercado, e foi preso sem provas que confirmasse a sua participação. Ao ver Eduardo Assis Fernandes na rede social do rapaz preso, a vítima concluiu que ele era o autor do assalto.
Nas redes sociais, a família e Eduardo Assis tem feito protestos contra a prisão, afirmando que ele é inocente. “Não consigo entender como uma pessoa consegue identificar e tirar a liberdade de um pai de família, trabalhador, que paga seus impostos e nunca fez nada que desabone sua conduta, apenas por uma foto e por ser negro. Só queremos nosso familiar em liberdade, pois esse é mais um trabalhador que novamente com esse sistema medíocre e preconceituoso nós negros, pobres e moradores de comunidades somos vistos como o resto de algo que não há necessidade existencial, onde tira nosso direito de ir e vir, trabalhar para alimentar nossa família” escreve Zabela Assis, sobrinha de Eduardo
Jorge Luiz, irmão de Eduardo também publicou um vídeo explicando tudo que aconteceu e demonstrando toda a sua revolta diante da prisão sem provas do irmão.
“Nós não vamos ficar calado perante a prisão dele, eu vou acionar todos os órgãos que eu tiver que acionar, eu vou fazer barulho. O meu irmão não vai ficar preso por um crime que ele não cometeu, ” desabafa.
Advogada que está a frente do caso, Débora Antunes, diz que a estratégia que será adotada no momento é pedir a revogação da prisão temporária de Fernandes.
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