O Metrô de São Paulo terminou a greve na manhã desta sexta-feira (24), a proposta foi feita pelo governo de São Paulo para o pagamento do abono salarial e a categoria anunciou o fim da greve. A decisão foi anunciada às 9h40.
Os trabalhos estão sendo retomados e o Metrô informa que a operação está retornando de forma gradativa. Às 11h40, a companhia já tinha ampliado o funcionamento de algumas linhas.
Trechos em operação no momento:
- Linha 1-Azul: entre Luz e Jabaquara;
- Linha 2-Verde: entre Clínicas e Vila Prudente ;
- Linha 3-Vermelha: entre Santa Cecília a Tatuapé;
- Linha 15-Prata: aguarda chegada de colaboradores para início da circulação.
Durante a assembleia, os dirigentes criticaram a proposta do governo, enviada para o sindicato na madrugada. Porém defenderam o encerramento da greve para que ela não avançasse no final de semana. A categoria está a duas semanas de negociar o reajuste salarial.
“Embora a proposta seja ruim, seja muito pouco, a gente acha importante aceitar essa proposta e sair da greve por cima. Porque não existe condições da gente continuar a greve no final de semana”, defendeu Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários.
O governo ofereceu o pagamento do abono salarial no valor de R$ 2 mil no mês de abril e a instituição de Programa de Participação nos Resultados de 2023, a ser pago em 2024.
Greve durante a manhã de sexta-feira
Durante a manhã de sexta-feira (24) foram tomadas medidas para amenizar os impactos da greve dos metroviários, que começou na última quinta-feira (23). Ainda assim, os passageiros estavam pagando uma passagem para percorrer menores distâncias.
As linhas 4-Amarela e 5-Lilás funcionavam normalmente, assim como todas as linhas Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A CPTM disse que ficou de ampliar a operação de horário a partir das 09h desta sexta-feira para atender o fluxo de passageiros em razão do segundo dia de greve do Metrô.
As transferências para a Linha 1-Azul na Luz e Linha 3-Vermelha no Brás foram abertas após o início da operação parcial do Metrô, às 6h45. Na Estação Corinthians-Itaquera, a CPTM está realizando procedimento de contenção de fluxo na entrada, com as escadas rolantes desligadas.
O serviço Expresso Linha 10, que circula entre as estações Santo André e Tamanduateí, estava suspenso nesta manhã, em razão da integração com o Metrô na Estação, da Linha 10-Turquesa, estar fechada.
O rodízio de veículos também estava suspenso, mas a Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF) seguem valendo. O governo de São Paulo e a Prefeitura da capital deram ponto facultativo aos servidores públicos.
Esfera judicial
A greve dos metroviários foi levada à Justiça na quinta-feira (23). O Metrô informou que obteve uma liminar determinando o funcionamento de 80% do serviço nos horários de pico (das 6h às 10h e das 16h às 20h) e 60% nos demais horários.
Em contrapartida, o Metrô foi multado em R$ 100 mil pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), por conduta antissindical, ao vetar que os funcionários grevistas operassem três linhas sem a cobrança de passagem (com catracas livres).
Na decisão, o TRT argumentou que o Metrô ingressou com um mandado de segurança contra a liberação das catracas, mesmo que não houvesse medida judicial determinando. Além disso, segundo a decisão, a empresa ingressou com a ação após anunciar que deixaria as catracas livres.
Relembre o motivo da greve
O Sindicato dos Metroviários entrou em greve para exigir o pagamento de abonos salariais de Participação nos Resultados de 2020, 2021 e 2022, revogação de demissões por aposentadoria e outros desligamentos ocorridos em 2019, fim das terceirizações e a abertura de novas vagas para concurso público
O Metrô diz que não possui condições econômicas para pagar o abono neste momento, mas está se esforçando para atender as demandas solicitadas.
Leia mais em: Greve de metrô em São Paulo gera caos para a população
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