A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul emitiu um alerta na quinta-feira (20), sobre a saúde mental e a relação entre o racismo e o aumento do risco de suicídio entre a população negra. De acordo com a secretaria, o racismo é um fator de risco significativo para o adoecimento mental e para comportamentos suicidas, destacando a necessidade de políticas públicas específicas para enfrentar o problema.
Um levantamento do Ministério da Saúde, divulgada em 2019, aponta que no Brasil, o índice de suicídio entre adolescentes e jovens negros é 45% maior do que entre brancos. Além disso, os dados mostram que jovens negros de até 29 anos foram as pessoas que mais cometeram suicídio no país.

O comunicado da secretaria reforça que o racismo, em suas diversas formas, contribui para o agravamento de transtornos mentais e emocionais entre pessoas negras. A exposição constante a situações de discriminação e violência racial gera impactos profundos na saúde mental, aumentando a vulnerabilidade dessa população.
A Secretaria da Saúde do RS destacou a importância de abordar o racismo como um determinante social da saúde, reconhecendo que ele não é apenas uma questão social, mas também um problema de saúde pública. O alerta visa chamar a atenção para a necessidade de ações integradas que promovam a equidade racial e o acesso a serviços de saúde mental de qualidade.
A nota também reforça o compromisso da secretaria em ampliar as discussões e estratégias para enfrentar o racismo e seus impactos na saúde da população negra. A iniciativa busca promover maior conscientização e mobilização em torno do tema, além de fortalecer as redes de apoio e cuidado.
Para mais informações, a população pode buscar ajuda através dos canais de atendimento disponibilizados pela Secretaria da Saúde do RS e pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece suporte emocional gratuito e sigiloso pelo número 188.
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