Horas depois de anunciar, no último domingo (04), o envio de dezenas de milhares de reservistas para reforçar sua ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza, o governo israelense avançou com a aprovação de um novo plano militar. A informação é da Agence France-Presse (AFP).
Segundo fontes da AFP, o Gabinete de Segurança de Israel deu sinal verde, na segunda-feira (05), a uma proposta que prevê a ampliação das ações militares no território palestino. A estratégia inclui a chamada “conquista” de Gaza e medidas que forçariam o deslocamento da população local para fora do enclave.
“O plano incluirá, entre outras coisas, a conquista da Faixa de Gaza e a manutenção dos territórios”, assim como “movimentar a população de Gaza para o sul para sua proteção”, afirmou a fonte da AFP.

De acordo com a mesma fonte, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ainda apoia a proposta do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que defende a emigração voluntária de palestinos que vivem em Gaza para nações vizinhas, como o Egito e a Jordânia. Essas duas nações, entretanto, já se manifestaram contrárias à ideia.
Segundo, outra agência de notícias internacional, a RTP, até o dia 6 de maio de 2025, o número de mortos na Faixa de Gaza devido à ofensiva israelense ultrapassou 52.600, conforme dados do Ministério da Saúde de Gaza. Além disso, cerca de 118.000 pessoas ficaram feridas desde o início do conflito em 7 de outubro de 2023.
Desde o início da guerra que tomou conta de Gaza, que começou em outubro de 2023, 436 mil unidades habitacionais, ou seja, 92% das casas da região, foram destruídas ou danificadas. A informação é do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês). Dessas, 160 mil estão destruídas e 276 mil severamente ou parcialmente danificada.
Por conta dos confrontos entre Israel e o Hamas, a ONU também aponta que mais de 1,8 milhão de pessoas precisam urgentemente de abrigo de emergência e itens domésticos essenciais. Além disso, a agência também diz que 90% da população em Gaza foi deslocada, sendo que muitos foram forçados a se mudar repetidamente.
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