Fortuna dos mais ricos do mundo alcança recorde histórico enquanto desigualdade aumenta

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O número de pessoas ricas e suas fortunas atingiram máximas históricas. É o que mostra o estudo “World Wealth Report”, da consultoria Capgemini, publicado na última quarta-feira (05). O levantamento revela que a fortuna global atingiu um valor recorde de US$ 86,8 trilhões em 2023, representando um avanço de 4,7% em comparação ao ano anterior.

Enquanto isso, a pobreza também aumentou. Segundo um relatório que o Banco Mundial, a desigualdade aumentou em todo o globo. No período, por volta de 700 milhões de pessoas sobreviveram com menos de US$ 2,15 (R$ 10,50) por dia.

Fortuna dos mais ricos alcança recorde histórico, enquanto desigualdade aumenta/ Foto: José Cruz/Agência Brasil

Desde 2020, durante a pandemia, a riqueza dos mais ricos aumentou 9%, enquanto o número de milionários aumentou em 9,6%. Por outro lado, um estudo da Oxfam, organização internacional voltada ao combate à pobreza, 5 bilhões de pessoas ficaram mais pobres no mesmo período.

O número de ricos no mundo, que para a Capgemeni são as pessoas cujo capital disponível, sem considerar sua residência habitual, ultrapassa um milhão de dólares, aumentou 5,1% em um ano e alcançou a marca de 22,8 milhões pessoas em 2023.

“As ações cresceram com o mercado de tecnologia, estimuladas pelo entusiasmo provocado pela inteligência artificial generativa e seu potencial impacto na economia”, afirmou a Capgemeni, que analisa a situação de 71 países. A América do Norte foi onde houve maior crescimento no número de pessoas de alta renda. A América Latina cresceu pouco, e a África foi a única região em que houve queda na população de ricos (-1,0%).

O estudo também revela que os indivíduos super-ricos, com patrimônio que ultrapassa US$ 30 milhões (R$ 159 milhões), detêm 34% da riqueza global, representando um pouco mais de 1% da população total de ricos.

No Brasil, 63% da riqueza do país está concentrado em 1% da população. Enquanto isso, 50% dos mais pobres possuem apenas 2% do patrimônio. No G20, o governo brasileiro, com apoio da França, defende a adoção de um imposto mínimo mundial para os mais ricos. O pagamento poderia render 250 bilhões de dólares a mais do que o recebido atualmente, caso os bilionários pagassem em impostos, o equivalente a 2% da sua fortuna.

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