Cinco pessoas negras de uma mesma família foram atingidas por balas de borracha, disparadas por agentes da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) após uma reclamação de barulho em uma festa infantil por parte de um vizinho da família.
O caso aconteceu no último sábado (2), em Criciúma, região Sul do Estado de Santa Catarina e, segundo a família, os policiais abordaram membros da família no portão da casa e agiram de forma truculenta, disparando contra as cinco pessoas.
“Não tive tempo de dizer nada, jamais imaginei que ele atirasse, mas ele me deu um tiro de borracha à queima roupa [entre a barriga e a perna]. Meu marido foi me socorrer e quando estava me levando para dentro de casa, foi atingido por um tiro de borracha nas costas. Não houve reação”, afirma Daiane Damázio, uma das vítimas, ao portal TN Sul
Já Diego Damázio, outra vítima, relata que o objetivo do registro e das publicações nas redes sociais é para que justiça seja feita. “Não queremos demonizar a PM. Queremos só justiça com os que fizeram isso, que paguem pelo que fizeram, que é sair da Polícia Militar. Sabemos que tem policiais que saíram por bem menos. Esses dois principalmente que atuaram, tem que sair da PM. Isso que queremos. Não queremos dinheiro, nada, só que eles sejam punidos. Quando chegamos aqui, não existia nenhum desses prédios”, disse.
Em nota, a Polícia Militar diz que os moradores estavam agindo de forma desobediente e desrespeitosa com os policiais e alega que não houve violência ou ato de racismo porque os agentes não utilizaram de injúria racial.
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“O único fundamento apresentado pelo denunciante é que na residência havia apenas pessoas de cor negra. Respeitosamente, essa alegação – friso: apenas essa isoladamente – não se reveste de ato de racismo por parte da Polícia Militar”, afirma a nota assinada pelo tenente-coronel Mário Luiz Silva, comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar de Santa Catarina.
