Fake News atrapalham vacinação de crianças e adolescentes em SP, diz pesquisa

vacina-criancas-cubatao.webp

Uma pesquisa feita pelo Ipec, em parceria com a Pfizer, e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), revela que informações falsas interferem no avanço da cobertura vacinal em crianças e adolescentes de São Paulo. É o que dizem 35% das 500 pessoas da Grande São Paulo ouvidas pela pesquisa, que admitiram que as fake news interferiram na decisão de vacinar seus filhos.

Além disso, o levantamento também revelou que dois em em cada três pais ou responsáveis por crianças de até 14 anos já receberam notícias falsas sobre vacinação, e que apesar de considerar a Covid-19 uma doença perigosa para os menores, apenas 24% das pessoas ouvidas reconhecem que a vacina protege contra os casos mais graves.

Taxa de vacinação em São Paulo sofre interferência de Fake News, segundo pesquisa com participação da SBP / Foto: Freepik/Divulgação/Prefeitura de Cubatão

Também foi verificado que 60% dos entrevistados acreditam que as primeiras doses já evitam as complicações da Covid-19, uma afirmação que os médicos desmentem. “A gente a precisa dessa vacinação completa pra que a gente consiga efetivamente prevenir as formas graves das doenças, sejam elas quais forem”, afirmou Adriana Ribeiro, diretora médica da Pfizer, em entrevista ao G1.

Isso se refletiu nos dados sobre a cobertura vacinal da cidade entre crianças de 5 a 11 anos, já que a primeira dose alcançou a meta, mas a segunda, não. Cerca de 159 mil crianças não voltaram para completar o ciclo básico da vacinação da Covid-19, e o reforço vacinal só foi dado a 16% do total esperado.

Leia também: Após 34 anos sem poliomielite, baixo índice de vacinação preocupa

Mas a situação fica pior na faixa etária de crianças entre 3 e 4 anos, pois 69% tomaram a primeira dose, mas apenas 42% delas voltaram pra segunda, e só 5% foram nas unidades de saúde para receberam o reforço.

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

Deixe uma resposta

scroll to top