Exposição “O menino ferro velho que a arte reciclou” entra em cartaz na Casa Jacarepaguá, em SP

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A Casa Jacarepaguá, em São Paulo, apresenta “O menino ferro velho que a arte reciclou”, exposição individual do artista urbano Célio, a partir deste sábado (02), até 02 de abril de 2024. A exposição reúne telas do artista que remontam os muros pintados por ele em grandes espaços urbanos de 10 estados brasileiros, EUA, Europa e Oriente Médio.

O título da exposição remete à história de vida do artista que, aos seis anos, deixou a Paraíba com sua família, de carona em um caminhão, para fixar residência em Guarulhos (SP) e trabalhar num ferro velho, como catador de latas e papelão.

Ao circular diariamente pelas ruas da periferia, Célio conheceu a pichação e, entre a escola e o trabalho, começou a fazer experimentos. Em seguida, começou a explorar a pintura abstrata em muros e não parou mais.

Artista ao lado de uma de suas obras, na rua /Foto: Divulgação

O menino ferro velho se transformou num jovem artista urbano que trocou drogas e crime, destino de muitos meninos pobres como ele, por latas de spray e baldes de tinta. A arte o transformou e ressignificou sua vida na quebrada.

Assista o documentário sobre sua trajetória.

Inspirado no movimento Color Field, estilo de pintura abstrata inspirada no que surgiu em Nova Iorque nas décadas de 1940 e 1950, Célio trabalha atualmente com composições de grandes formas arredondadas interligadas por linhas onduladas, sem começo, meio ou fim, que parecem veias de tinta passando dentro da pele.

Suas curvas suaves quebram a dureza das linhas retas urbanas, criando uma ambiência orgânica, colorida e leve em espaços áridos de concreto e asfalto.

Projeto Voltando à Escola

Célio é também idealizador e curador do projeto Voltando à Escola, que repensa e ressignifica as relações entre espaço escolar, cultura e cidadania por meio da arte urbana.

Para isso, convida artistas de diferentes estilos visuais, que já foram alunos de escolas públicas, para grafitarem salas de aula, quadras, refeitórios, corredores e bibliotecas.

Desde 2017, mais de 800 artistas já levaram suas artes por meio do projeto para mais de 100 escolas públicas em 6 estados brasileiros, impactando pelo menos 65.000 pessoas da comunidade escolar.

Responsabilidade social

Além de uma experiência estética, a arte é um instrumento de cura que promove transformação e evolução em nível pessoal e coletivo. O encanto causado pelas cores e mensagens dos grafites nas escolas promove alegria, bem-estar e inspiração em quem os contempla.

Com uma cara mais criativa, moderna e divertida, as escolas estimulam a criatividade de educadores e estudantes, e enriquecem a cultura escolar. Ao serem revitalizadas, elas inspiram mais cuidado, carinho e limpeza.

Tornam-se cada vez mais valorizadas e respeitadas, ampliando o desejo de pertencimento por parte dos estudantes e educadores, e reduzindo a violência e a evasão escolares.

Ação educativa

Após a pintura, Célio realiza uma oficina de graffiti e uma roda de conversa com estudantes e educadores sobre a relação entre espaço escolar, cultura e cidadania por meio da arte urbana. Estes encontros são fundamentais para a tomada de consciência da comunidade escolar em relação ao papel da arte e da cultura na construção da cidadania.

Serviço:
Exposição: O menino ferro velho que a arte reciclou
Evento de lançamento: 02 de março de 2024, 14h às 20h
Local: Casa Jacarepaguá (@casajacarepagua)
Endereço: R. João Della Manna, 1228, Butantã, São Paulo/SP
Tel: (11) 97158-9878
Email: info@jacarepagra.email

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